• Rachel Martins

    Uma jornalista que ama os animais, assim é Rachel Martins. Não é a toa que ela adotou duas gatinhas, a Frida e a Chloé, que são as verdadeiras donas da casa. Escreve semanalmente sobre os benefícios que uma relação como essa é capaz de proporcionar

Como um cachorro se tornou o símbolo de um negócio de vinhos

Publicado em 03/09/2024 às 18h00
Cachorro Otto com os vinhos Enclos

Cachorro Otto com os vinhos Enclos. Crédito: Divulgação

Meu nome de pedigree é Otto de Charme Berronais. Pomposo, né? Modéstia parte, também acho! Não é para menos, afinal sou um cachorro da raça Dogue de Bordeaux, atualmente com seis anos. Obviamente, nasci em Bordeaux, na França, portanto sou um legítimo bordalês. Moro mais especificamente em Saint Émilion e tenho dois tutores caçadores de vinhos (wine hunter), o brasileiro Vicente Jorge e o francês Manu Brandão.

Desde filhote, eles me contam que há mais de 30 anos selecionam vinhos para as importadoras, mas chegou um ponto que a caça aos vinhos se tornou tão grande que resolveram transformar o meu canil, uma garagem, em um Enclos de degustação, com o objetivo de receber as amostras de vinhos de todo o mundo para fazer as provas.

Só para saber, afinal sou um cachorro extremamente culto e refinado, Clos em francês é uma propriedade murada e Enclos é alguma construção dentro do Clos. E como precisei ceder a minha casa para essa grandiosa aventura, me transformei em um cachorro sócio-proprietário de um negócio ligado a vinhos, chamado Enclos du Wine Hunter, localizado nesta bela região francesa, a maior paixão de meus tutores. Aqui, produzimos nossos próprios rótulos de Bordeaux, Beaujolais, África do Sul e chileno.

Mas vocês, meus caros leitores, devem estar se perguntando o que pode haver entre um cachorro “très chic” e o mundo dos vinhos. Bem, por ser um gigante dócil e brincalhão, com 55 quilos e uma cabeça e boca enorme, minha presença é extremamente marcante no Enclos de Bordeaux.

O brasileiro Vicente Jorge e o francês Manu Brandão no Enclos em Bordeaux com Otto

O brasileiro Vicente Jorge e o francês Manu Brandão no Enclos em Bordeaux com Otto. Crédito: Divulgação

Aliás, quem não me conhece bem prefere nem chegar perto. Nem imagino porque, não tenho cara de bravo, embora minha diversão predileta seja ficar na entrada da propriedade, que dá para uma estradinha de terra, assustando os ciclistas. Mas só assustando! Fora isso, tenho mania de me esconder. Só eu mesmo para achar que com este tamanho e peso é possível fazer isso (risos).

A verdade é que meus tutores se divertem tanto com as minhas estrepolias que resolveram até me homenagear. Em todos os vinhos produzidos por nós, este cachorro que vos fala, simpático, elegante, enfim um verdadeiro lorde, aparece escondido em algum lugar do rótulo, e também em todas as rolhas. A minha modéstia me leva a explicar que mais do que apenas um símbolo de marketing, eu ajudo a criar uma conexão emocional com os consumidores, adicionando um toque de humor à imagem do Enclos du Wine Hunter.

E minha fina estampa já ganhou o mundo. Vou contar uma história curiosa: o Vicente ama meias coloridas, são mais de 100 fotos tiradas nos vinhedos espalhados pelo mundo usando um par delas. A ideia é popularizar mais ainda o consumo de vinhos. Mas para nossa surpresa, certa vez um deles, apaixonado por mim, mandou fazer e deu de presente para o Vicente um par de meias com a minha cara. Pergunta se gostei?

Cachorro Otto dos vinhos Enclos

Cachorro Otto dos vinhos Enclos. Crédito: Divulgação

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