Viajar com animais de estimação requer uma série de cuidados para garantir a segunça e o bem-estar do pet . Crédito: Freepik
Nesta quinta-feira (02/11) é feriado nacional e muitas pessoas aproveitam para pegar a estrada e viajar para um lugar agradável e descansar. E quem tem pet em casa, gosta de levar também o companheiro ou companheira fiel que, obviamente, faz parte da família.
Incluir o animal de estimação na viagem requer uma série de cuidados. E para que tudo ocorra bem e com segurança, algumas orientações são fundamentais, como, por exemplo, uma programação responsável com o objetivo de garantir que cada momento ao lado do pet seja agradável, sem qualquer risco.
A médica-veterinária e Gerente de Assuntos Científicos da Royal Canin Brasil, Natália Lopes, ressalta que o mais importante é garantir o bem-estar do animal durante todo o período fora de casa, o que, claro, inclui um itinerário flexível, com pausas para descanso e recreação. “Viajar com os pets pode ser uma experiência bastante agradável. Mas a segurança e o bem-estar deles devem vir em primeiro lugar”, destaca.
Ela também reforça, ainda, a importância do planejamento antecipado, que faz parte da guarda responsável por considerar as necessidades individuais do “filho ou filha de quatro patas”. “Oferecer condições para manter o pet feliz, saudável e bem socializado, é primordial para que ele esteja em harmonia com o ambiente. Lembre-se de que ele pode ficar ansioso durante as viagens e, caso isso aconteça, é importante proporcionar o conforto e a segurança que ele precisa”, frisa.
Confira algumas dicas importantes da médica-veterinária para garantir o bem-estar de seu pet na viagem:
1 - Consulte um médico-veterinário antes de viajar!
Programe uma visita ao médico-veterinário e marque um check-up para o pet. Certifique-se de que a carteira de vacinação esteja em dia para viagens de carro, avião ou ônibus. Para viagens interestaduais ou internacionais, é necessária a emissão do atestado de saúde, visando as normas de transporte de cada país. Medicamentos preventivos para parasitas, como pulgas e vermes, também devem estar em dia, seguindo sempre a recomendação do profissional. É importante que o médico-veterinário tenha conhecimento do destino da viagem, para avaliação e prevenção de doenças de risco que possam estar presentes na região, seja praia ou campo, como dirofilariose e leptospirose, e possa recomendar o método preventivo mais eficaz para o pet.
2 - Alimentação adequada é fundamental
A alimentação do pet é uma das principais preocupações durante as viagens. Para minimizar as mudanças de rotina do animal, o tutor deve levar a quantidade adequada do alimento que ele consome, para não correr o risco de não encontrar o mesmo alimento no decorrer da viagem. Se o tutor quiser agradá-lo e ainda reforçar a sua hidratação, é recomendado oferecer alimento úmido com a mesma indicação da versão seca, para proporcionar o “mix feeding”, ou seja, a combinação do alimento seco e úmido. Esta é uma excelente alternativa, tanto pela praticidade de suas apresentações (em sachês e latas) como pela capacidade de hidratação.
3 - Separe um kit de viagem do pet
Além de separar o alimento do pet, o tutor precisa preparar o enxoval de viagem. Os itens essenciais incluem: caixa de transporte, guia e coleira com o contato do tutor, comedouros (alimento e água), brinquedos, caminha, manta, itens de higiene (lenço umedecido, tapete higiênico, caixas de areia, shampoo, etc.) e remédios e pomadas para emergência, indicados pelo médico-veterinário. Ter à mão todos os itens que seu pet precisa torna a viagem mais tranquila e menos estressante para o animal e consequentemente também para o tutor.
4 - Passeios ao ar livre
Se as brincadeiras ou passeios com o pet forem ao ar livre, é preciso tomar cuidados extras, principalmente com a exposição solar. Evite a exposição entre 10 e 16 horas. Ofereça água ao animal de estimação regularmente para evitar a desidratação e cuide para que as patinhas não sofram com o passeio, pois podem entrar em contato com o chão quente, areia e água salgada. É fundamental que os tutores ofereçam todo suporte necessário para que o animal se movimente sem incômodo algum. Nunca deixe seu pet solto, sem a guia, e não esqueça de levar sacolas para coleta de fezes do animal.
5 - Cuidados em praias, sítios e fazendas
No campo ou em praias, além dos cuidados com o sol, os tutores precisam estar atentos às picadas de insetos. Em ambientes rurais, como fazendas e sítios, o ideal é fazer uma dedetização do ambiente, para garantir que os pets tenham dias de diversão e sem problemas. Esses cuidados também são recomendados para regiões litorâneas, onde a dirofilariose canina ou parasita do coração, pode ser transmitida por meio de picadas de mosquitos. A transmissão desta zoonose costuma ser maior nas estações mais quentes, quando muitos tutores levam seus pets para a praia.
6 - Avalie se a viagem é a melhor opção para o bem-estar do seu pet
Mudanças na rotina podem gerar estresse em animais que não estão acostumados com novos ambientes e pessoas. No caso de gatos, é importante garantir que o local tenha segurança, com janelas teladas, além de água, comida e caixa de areia disponíveis. Consulte o médico-veterinário para dicas de práticas cat friendly, que podem deixar o ambiente mais agradável para o felino. E caso a viagem não seja uma opção, hotéis e pet sitters podem ser uma alternativa para deixar o animal em segurança.
Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de HZ.
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