ASSINE

  • Rachel Martins

    Uma jornalista que ama os animais, assim é Rachel Martins. Não é a toa que ela adotou duas gatinhas, a Frida e a Chloé, que são as verdadeiras donas da casa. Escreve semanalmente sobre os benefícios que uma relação como essa é capaz de proporcionar

Encontrou um animal marinho ou silvestre na praia? Veja como ajudar

Publicado em 18/02/2025 às 18h30
Resgate de um pinguim pelo IPRAM

Resgate de um pinguim pelo IPRAM. Crédito: IPRAM/Divulgação

Nesta época do ano, com as temperaturas cada vez mais altas, pegar uma praia é uma boa pedida. Mas imagine você curtindo o momento e, de repente, aparece algum animal marinho ou silvestre à sua frente? Essas cenas têm se tornado comuns e gerado vários vídeos nas redes sociais. A primeira atitude diante da cena é tentar interagir com o animal, seja para fazer um carinho ou ajudá-lo.

O médico-veterinário e diretor-presidente do Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (IPRAM), Luis Felipe Mayorga, explica que essas interações podem ser arriscadas para as pessoas e com certeza quase todas são prejudiciais aos animais, já que a aproximação na maioria dos casos inclui contato direto.

É primordial que os capixabas aprendam a respeitar nossa fauna. O turista que visita o Espírito Santo sempre leva boas lembranças de nossas praias urbanas e naturais, da culinária e da cultura. Mas certamente não vai gostar de ver uma pessoa capturando e perturbando um animal para fotos"

"A gente entende que ao tentar salvá-los, a pessoa, claro, acredita que está fazendo o bem, mas nem sempre esse animal está no local precisando de socorro. É importante a conscientização, o conhecimento e a valorização em relação à diversidade da fauna que existe na costa capixaba”, destaca Mayorga.

Resgates de animais do Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (IPRAM)

Resgates de animais do Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (IPRAM). Crédito: IPRAM/Divulgação

Ele ressalta, ainda, que o melhor caminho ao se deparar com animais marinhos ou silvestres nas praias é sempre acionar os órgãos competentes, garantindo, assim, não só a própria saúde, como também a do animal.

Confira alguns animais comuns da fauna capixaba e o que fazer caso encontre um deles:

Tartarugas marinhas - A mais comum no Espírito Santo são as pequenas e jovens tartarugas-verdes, em crescimento. Se elas estiverem respirando e se alimentando na beira da praia, não devem ser capturadas. Caso alguma esteja encalhada na areia, sem forças para se mover, é só acomodá-la fora da água, na sombra, e acionar o Projeto de Monitoramento de Praias da Petrobras. As grandes tartarugas podem subir à praia de noite ou de madrugada para realizar a postura de seus ovos, não interfira jamais no processo e nem a devolva ao mar.

Aves - A gripe aviária já é uma realidade no Estado, doença com letalidade superior a 50% para as pessoas que a contraem. Infecta principalmente aves marinhas, aquáticas de água doce e de rapina. Ao encontrar uma ave debilitada na praia, não se aproxime, acione o Projeto de Monitoramento de Praias da Petrobras. A gripe aviária deixa as aves desorientadas, e elas podem cair durante o voo em residências ou propriedades rurais continente adentro. Não as manuseie e comunique a Secretaria de Meio Ambiente do município.

Mamíferos marinhos - Eles também foram afetados pela gripe aviária. Se encontrar, por exemplo, um golfinho encalhado, jamais se aproxime ou toque no animal. Ao encontrar mamíferos marinhos, chame, imediatamente, o Projeto de Monitoramento de Praias da Petrobras e o Instituto ORCA, instituição responsável por esse tipo de atendimento.

Animais silvestres - Muitas praias no Estado são protegidas por uma restinga que abriga répteis como os pequenos lagartos (calangos) e os grandes (teius) e jiboias. Os mamíferos como ouriços, gambás, quatis e cachorros-do-mato também costumam explorá-las em regiões mais naturais. Há, ainda, um leque de espécies que usam as praias para alimentação e construção de ninhos, como os sabiás, as corujas-buraqueiras, os carcarás, os urubus, entre outras. Não há necessidade nenhuma de removê-las, principalmente em locais com características naturais preservadas. Em praias urbanas, acione a Secretaria de Meio Ambiente do município,

Este vídeo pode te interessar

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de HZ.

A Gazeta integra o

Saiba mais
Mundo Animal Pets
Viu algum erro?

Se você notou alguma informação incorreta em nosso conteúdo, clique no botão e nos avise, para que possamos corrigi-la o mais rápido o possível