Calmantes em animais precisam ser administrados com cautela. Crédito: Pexels
Quando a gente recebe um pet em casa, só vamos descobrir a sua personalidade com o decorrer da convivência. Alguns gatos e cachorros podem apresentar distúrbios comportamentais, síndromes psicológicas ou um perfil mais agitado, ansioso, estressado, entre outros. A questão é que nem sempre o tutor está preparado para essas situações e logo pensa em administrar um calmante no animal e isso pode ser perigoso levando o pet até ao óbito.
A médica-veterinária, que atua na clínica médica e cirúrgica de pequenos animais e de felinos, membra da diretoria da Associação Brasileira de Clínicos de Felinos (ABFEL), Polyana Paixão, explica que dar medicação, seja qual for, sem saber a dose ideal pode causar danos aos rins, cérebro e ao fígado dos animais, levando inclusive a uma apatia, prostração e até mesmo perda de consciência. O melhor caminho, antes de tomar qualquer decisão nesse sentido, é procurar um especialista.
No caso de administração de calmantes em animais, ela ressalta que realmente existem situações que são recomendáveis o uso dessas medicações, mas nunca sem uma avaliação do médico-veterinário.
Um exemplo é o caso de cachorro ou gato senil em que o animal vocaliza em excesso. Nessas condições, administrar ansiolíticos, alopáticos ou naturais, pode contribuir para uma melhora substancial na sua qualidade de vida. Outra situação onde usá-los pode ser benéfico é no transporte do animal quando ele necessita ir ao médico-veterinário ou realizar uma viagem
Médica-veterinária Polyana Paixão
Cuidados importantes a serem considerados antes de medicar seu animal por conta própria:
Consulta: antes de administrar qualquer calmante no animal, consulte um médico-veterinário para obter a recomendação correta de medicamentos e dosagens específicas.
Dosagem: nunca administre medicamentos humanos ou dosagens sem orientação, pois essa atitude pode ser perigosa, a dosagem para animais é muito diferente.
Tipo: verifique se o calmante é apropriado para o tipo de animal (gato ou cachorro), pois o que é seguro para um pode não ser para o outro.
Histórico: informe o médico-veterinário sobre o histórico de saúde do animal, incluindo condições médicas preexistentes e possíveis alergias.
Monitoramento: observe atentamente o animal após a administração do calmante para identificar qualquer reação adversa, como vômitos, letargia extrema ou dificuldade respiratória.
Forma de administração: siga corretamente as instruções sobre como administrar o calmante, seja em forma de comprimidos, líquidos ou através de alimentos.
Interações medicamentosas: informe ao médico-veterinário sobre qualquer outro medicamento ou suplemento que o animal esteja tomando, para evitar interações perigosas.
Ambiente tranquilo: após administrar o calmante, mantenha o animal em um ambiente tranquilo e seguro, minimizando estresses adicionais.
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