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Publicado em 4 de março de 2024 às 20:09
Em 2023, cerca de 21,2 milhões de brasileiros realizaram voos internacionais para turismo, registrando aumento de 29,8% se comparado ao ano anterior, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Muitas das pessoas que pretendem viajar para o exterior neste ano ainda não sabem bem como funcionam os processos e exigências para levar seu pet. Inicialmente pode parecer complexo, mas, com a devida preparação e seguindo algumas regras, é totalmente viável.
Para levar o animal de estimação com você para alguns países, é importante estar ciente das regulamentações. De acordo com Wagner Pontes, fundador da assessoria imigratória D4U Immigration, essas regras variam. “Nos EUA, por exemplo, quem determina as obrigações para a entrada de um animal no país é o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC)”, explica o executivo.
No caso dos EUA, animais vindos de países com alto risco para raiva, como é o caso do Brasil, devem seguir regras específicas. “Seu cachorro precisa ter mais de seis meses de idade e possuir um microchip ISO-compatível, conforme o padrão ISO 11784/11785. Também é essencial que o pet tenha um certificado válido de vacinação antirrábica emitido nos EUA”, completa o especialista.
O profissional alerta que o não cumprimento dessas diretrizes pode resultar no retorno do seu pet ao país de origem, custeado pelo próprio passageiro. Segundo ele, é vital também considerar as regulamentações adicionais do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e as especificidades do estado ou território para onde você está se mudando.
Alguns documentos obrigatórios para levar o animal ao exterior são:
O Certificado Veterinário Internacional (CVI) é um documento fundamental, pois comprova que o cachorro está saudável e apto para viajar. Este certificado deve ser emitido por um veterinário licenciado. Nele constarão todos os detalhes da saúde do pet , incluindo vacinas e qualquer tratamento específico que esteja recebendo.
Um microchip ISO-compatível é uma exigência para a entrada de animais de estimação nos Estados Unidos. Este chip, implantado sob a pele do cachorro, armazena informações vitais sobre o animal e seu proprietário. É importante que o microchip seja ISO-compatível, visto que isso garante que ele possa ser lido por scanners padrão nos EUA.
Além do CVI, um atestado de saúde emitido por um veterinário é necessário, pois esse documento reafirma a boa saúde do seu animal e certifica que ele está livre de doenças contagiosas.
É essencial apresentar uma carteira de vacinação atualizada . O documento deve incluir todas as vacinas tomadas pelo seu animal, especialmente a vacina contra a raiva, obrigatória para entrada em muitos países.
Wagner Pontes explica que alguns cuidados também são necessários com a logística do animal. “Certifique-se de reservar um voo direto, se possível, para minimizar o estresse do animal de estimação. É essencial que os passageiros obtenham caixas de transporte apropriadas, que sejam suficientemente espaçosas, seguras, ventiladas e que atendam aos padrões da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA)”, sugere. Ele também recomenda acostumar o pet com a caixa de transporte antes da viagem para que ele se sinta mais confortável durante o voo.
Por fim, é importante o passageiro estar atento às restrições específicas de raça e saúde do pet. “Algumas raças de cachorro, por exemplo, especialmente as braquicefálicas (como pugs e bulldogs), podem enfrentar restrições devido a preocupações com a saúde durante o voo. Verifique antecipadamente se a raça do animal está sujeita a quaisquer restrições”, finaliza Wagner Pontes, fundador da D4U Immigration.
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