• Rachel Martins

    Uma jornalista que ama os animais, assim é Rachel Martins. Não é a toa que ela adotou duas gatinhas, a Frida e a Chloé, que são as verdadeiras donas da casa. Escreve semanalmente sobre os benefícios que uma relação como essa é capaz de proporcionar

Você sabe como fazer carinho no seu gato?

Publicado em 24/08/2022 às 02h01
Carinho no gato

Gatos são animais solitários e reservados que evitam interações muito aprofundadas. Crédito: Pexels

Existe um mito de que os felinos não são muito chegados a um carinho, mas para muitos de seus tutores nem sempre isso parece ser uma verdade, e as redes sociais são um prato cheio para derrubá-lo por terra. Pelo menos lá em casa, a nossa gatinha, mascote da coluna É o bicho, a Chloé, adora um chamego. Quer dizer, nem sempre foi assim, quando era filhote vivia grudada, depois passou um tempo revoltada e, agora, se aproximou de vez. É chegar em casa, e pronto, logo coloca a barriguinha pra cima pedindo atenção.

Muitas pesquisas revelam que, na verdade, tudo depende da maneira como nós, os tutores, declaramos o nosso amor aos nossos felinos, afetando o seu comportamento. Um estudo de cientistas da Nottingham Trent University e University of Nottingham, que trabalham com o bem-estar de gatos, por exemplo, ao analisarem as personalidades das pessoas e as suas experiências anteriores com felinos descobriram que isso tudo pode afetar a forma como esses animais se aproximam e interagem com seus donos.

O estudo garante que os gatos amam as pessoas que os odeiam, porque a relutância delas em acariciá-los dá ao felino o controle e a independência de que ele precisa. Por outro lado, aqueles que dizem amá-los, os gateiros de plantão, que afirmam conhecer e conviver com os bichanos há anos, são os mais propensos a tocar no animal sem seu consentimento e se arriscam mais em áreas que eles não gostam de receber carinho.

Carinho no gato

Gatos são animais solitários e reservados que evitam interações muito aprofundadas. Crédito: Pexels

O problema, é que os felinos, embora domesticados, ainda pensam como um gato selvagem, com instinto de caça, sempre alerta. Por isso, são animais solitários e reservados que evitam interações muito aprofundadas, ao contrário de seus tutores, seres sociais.

Segundo o estudo, é claro que alguns de nossos amigos felinos não trocam a nossa companhia por qualquer ração que aparecer na sua frente, mas a verdade é que a grande maioria apenas tolera o chamego e sempre com segundas intenções, neste caso, seria uma casa, uma cama fofinha pra dormir e muita ração. Isso sem falar dos outros que não toleram contato humano e se o obrigam a isso respondem na hora com, no mínimo, um belo arranhão.

Por isso, especialistas de felinos sempre ressaltam a importância de acostumá-los desde filhotes aos afagos de seus tutores, o que os torna mais amigáveis na vida adulta. A pesquisa ainda dá uma dica para alcançar sucesso nessa relação: deixar que os bichanos estejam sempre no controle e que qualquer iniciativa comece com eles, o que tornará essa interação muito mais amorosa, sem surpresas desagradáveis. Mas lembre-se, é necessário saber fazer a leitura da postura corporal do seu gato e respeitá-la.

O estudo diz, ainda, que embora não seja uma regra, os felinos adoram receber carinho abaixo das orelhas, onde ficam suas glândulas faciais, no queixo e ao redor das bochechas. Já na barriga, nas costas e no rabo pode causar incômodo. Enfim, a pesquisa mostra que a chave para o sucesso com os felinos é mesmo respeitar os limites do animal e seu instinto selvagem.

A meta do estudo é incentivar interações benéficas para os felinos, tanto por donos de gatos experientes, quanto novos. Foi elaborada, inclusive, até uma animação sobre como fazer carinho nos gatos (em inglês, claro). Vale a pena ver. 

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Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de HZ.

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