4 destinos sustentáveis para fazer intercâmbio

Com o aquecimento global, o termo sustentabilidade vem ganhando notoriedade nas mídias, empresas e estudos nos últimos anos. Visando o equilíbrio entre a utilização dos recursos naturais pela sociedade com a preservação do meio ambiente, a sustentabilidade é baseada em três pilares: ecológico, social e econômico (ESG, sigla em inglês).

Não apenas governos e empresas, a sustentabilidade deve estar presente no cotidiano dos cidadãos. No Brasil, 32% da população adota hábitos ambientalmente sustentáveis, sendo que 7% adotariam esse hábito sempre, segundo a pesquisa Retratos da Sociedade: Hábitos Sustentáveis e Consumo Consciente. 

Muito além de separar o lixo orgânico do reciclável, a prática pode ser adotada de diferentes formas, desde consumir um produto não testado em animais a montar um plano de intercâmbio, por exemplo.

“Optar por países que valorizam e promovem ações sustentáveis é uma ótima forma de diminuir sua pegada ecológica no mundo. O estudante tem a oportunidade de vivenciar de perto uma cultura comprometida com a preservação do meio ambiente e o bem-estar das gerações futuras, além de ter uma melhor qualidade de vida durante a experiência”, aborda Alexandre Argenta, presidente da Belta (Associação Brasileira de Agências de Intercâmbio).

Por isso, a seguir, Alexandre Argenta lista 4 destinos para realizar o sonho da experiência internacional em países que promovem ações sustentáveis. Confira!

Classificada como o 5º país mais buscado pelos intercambistas segundo a pesquisa Selo Belta, a região destaca-se por suas ações de promoção da sustentabilidade. Um exemplo é Sidney, onde os sistemas de energia solar e eólica têm sido amplamente adotados, resultando em significativa redução das emissões de CO 2 , contribuindo para a luta contra o efeito estufa e melhorando a qualidade do ar.

Além disso, o país oferece sistemas de transporte público de alta qualidade, permitindo que os cidadãos se locomovam com menor impacto ambiental e econômico, como o serviço de balsas gratuitas em Brisbane, facilitando o acesso dos estudantes à Universidade de Queensland (UQ).

Essa preocupação com a sustentabilidade reflete também no cenário acadêmico, visto que duas das dez universidades mais sustentáveis do mundo , conforme o QS Sustainability Rankings 2023, são australianas: a University of New South Wales (UNSW Sydney) e a University of Sydney.

Queridinho dos intercambistas por 22 anos consecutivos como destino para realização da experiência, segundo a pesquisa Selo Belta, o Canadá tem implementado diversas políticas e programas para enfrentar desafios relacionados às mudanças climáticas, proteção da biodiversidade, gestão de recursos naturais e promoção de energias renováveis.

A exemplo disso, em Vancouver, 93% da população mora a menos de 5 minutos de algum parque, as ruas arborizadas contribuem para o embelezamento da cidade, redução sonora e de ilhas de calor e funcionam como moradia para a fauna. Além disso, as ruas contam com cerca de 527 km de ciclovias no total e, para integrar o transporte público com as bicicletas dos passageiros, os ônibus possuem suportes na frente para encaixá-las.

Sendo o 9º país mais requisitado pelos estudantes, a “terra da longa nuvem branca” destaca-se pelas suas ações pioneiras em sustentabilidade. O país foi o primeiro do mundo a propor uma lei de transparência ambiental no setor financeiro, que impõe a obrigatoriedade para bancos, seguradoras e empresas de investimento informarem sobre as consequências de seus investimentos para a mudança climática.

Além disso, é referência em energia limpa e conservação ambiental, possuindo uma abundância de áreas protegidas. No setor vinícola, se destaca com impressionantes 96% dos 1.840 vinhedos e 310 vinícolas certificados pelo Sustainable Winegrowing New Zealand (SWNZ) como sustentáveis. É uma nação comprometida com a preservação do meio ambiente e uma escolha ideal para estudantes que buscam experiências educacionais conscientes e responsáveis.

País mundialmente conhecido por sua rica culinária, cultura e espetaculares museus, tem-se destacado cada vez mais na área de ESG, sendo classificado como o 4º país mais sustentável do mundo pela ONU Cidades e Comunidades Sustentáveis. Entre suas iniciativas notáveis, destaca-se a proibição do uso de garrafas plásticas em estabelecimentos e eventos públicos, bem como em embalagens de frutas e vegetais, brinquedos infantis de brinde e qualquer tipo de plástico descartável.

A França também ganha notoriedade na área da infraestrutura, por sua abordagem de revitalização de espaços desativados, como o caso da antiga estação do Petite Ceinture e da Coulée verte René-Dumont, transformados em áreas verdes abertas ao público, contribuindo para um ambiente agradável para os cidadãos.

A busca por destinos mais sustentáveis para realizar um intercâmbio reflete o crescente interesse global em adotar práticas ambientalmente responsáveis, comenta Argenta. “Ao optar por estudar em locais comprometidos com ações sustentáveis, os intercambistas têm a oportunidade de vivenciar de perto culturas que valorizam a preservação do meio ambiente e contribuem para a construção de um futuro mais consciente”, finaliza.