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Publicado em 7 de junho de 2023 às 08:00
Alegre, no Sul do Estado, é conhecida por alguns nomes. Entre eles, Cidade Universitária - por contar com um dos campi da UFES, como também do Ifes, onde se concentram os cursos nas áreas de Veterinária e Agronomia -; Cidade Jardim, por suas praças sempre floridas; e, também, Cidade da Música, especialmente porque volta a sediar seu tradicional festival após um hiato de sete anos.
Entre um show e outro do Festival de Alegre 2023, que rola entre quinta (8) e sábado (10), contando com atrações como Gusttavo Lima, Ana Castela, Léo Santana e Capital Inicial, dá para fazer um programinha gastronômico básico e curtir as belas paisagens naturais da região.
Vamos começar nosso passeio pelo Parque Estadual Cachoeira da Fumaça, que possui uma queda d'água de 144 metros de altura, ideal para contemplação, fotografias e um "banho de neblina" (provocado pelas gotículas de água em suspensão). Ah, sim: essa belezura está sob um espaço verde de mais de 160 hectares. Bora relaxar por lá?
Com predomínio de matas de encosta, matas ciliares e vegetação rupestre, sua flora se constitui de 222 espécies de angiospermas, pertencentes a 171 gêneros e 60 famílias, onde 80,18% são de espécies nativas da Mata Atlântica. Neste ambiente se destacam as bromélias, helicônias, jacarandás, figueiras e angicos. Na fauna, são conhecidas 30 espécies de mamíferos não-voadores, distribuídos em 15 famílias, e uma diversidade de aves e répteis. No local, você pode encontrar teiú, lontra, gato-do-mato-pequeno, jaguatirica, paca, tatu, cachorro do mato, maitaca e o martin-pescador-grande, entre outros.
Gigantismo é a melhor palavra que define o parque. A Cachoeira da Fumaça é a mais alta em água perene do ES, ou seja, tem uma robusta e volumosa quantidade de água em qualquer época do ano. E pode tomar banho, sim! O parque é aberto todos os dias, de 8 às 17h. Para visitar, não é necessário agendamento e a entrada é franca. É interessante dar uma lida nas normas de visitação do parque, disponíveis no site do Iema.
Outra característica de Alegre é sua gastronomia e louvação à boa mesa, em uma mistura de comida caseira típica do interior com um toque de modernidade. Com um cardápio de delícias variadas, o Alto da Serra Butiquim (Rodovia BR 482, Km 5, Fazenda Santa Clara), por exemplo, chama atenção não apenas por seus pratos, mas também pela belíssima vista. Dá para ver vários pontos turísticos, como a pedra O Frade e A Freira.
Voltando aos comes, no restaurante, você pode provar iguarias como o prato Jangadeiro, um risoto de camarão empanado, e o queridinho do público que frequenta o local: o delicioso bolinho de costela.
Com o Festival de Alegre, o município está na expectativa de receber cerca de 15 a 20 mil turistas de todo o Estado e de fora também, especialmente do Rio de Janeiro e São Paulo. Durante o período, alguns moradores têm a tradição de alugar residências para hospedar turistas. Um cartão de boas-vindas cheio de ternura e afeto!
O site do festival disponibilizou um espaço para interação entre locador e locatário de forma direta. Dê uma pesquisada e veja se encontra um local bacana. Tem várias opções de preços e quantidade de quartos. Ah, sim: há pousadas e hotéis na cidade, se o turista preferir algo mais formal, mas a lotação está esgotada.
Voltando à tradição de alugar imóveis, o morador Miguel Sader tem essa prática há mais de 20 anos. "Faço tudo para o visitante se sentir bem, como se estivesse em sua própria casa", aponta o Sader, que, normalmente, aluga quatro casas para turistas durante o evento, incluindo a residência da sogra. Afinal, o Festival de Alegre - que surgiu como uma festa universitária em 1980, com o objetivo de divulgar a música popular e revelar novos nomes para o cenário nacional - é mesmo uma "grande família".
* Matéria produzida em parceria com o programa "Em Movimento" da TV Gazeta
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