Interesse por viagem romântica cresceu 13% no Brasil, de acordo com pesquisa. Crédito: Freepik/jcomp
A amor está no ar... E não estamos falando apenas das (sempre deliciosas) comédias românticas que estreiam nos cinemas com frequência (como "Case Comigo", com diva Jennifer Lopez, em cartaz no Estado).
O assunto aqui é mais "imersivo", se assim podemos definir, tipo um "date" certeiro ou mesmo um rolê apaixonado acompanhado pelo "mozão", nem que seja uma viagem de fim de semana só para o casal se curtir.
Gostou da ideia? Saiba que não é só você que curtiu, bebê! Segundo dados de uma pesquisa realizada em 2021 pela MaxMilhas, o percentual de brasileiros que pretendem fazer viagem em casal cresceu 13% desde a chegada da pandemia do novo coronavírus.
De acordo com dados do estudo, se, antes de 2020, apenas 20% admitiram fazer passeios a dois, para o período pós-pandemia 33% dos consultados afirmaram querer curtir uma viagem ao lado do love. Acaba logo, Covid-19!
E, pelos números do levantamento, ficar sozinho está fora de moda (todo mundo quer um calor humano!). Viagens românticas, na pesquisa, ficou à frente das preferências por viajar sozinho (18%) e viajar com os amigos (14%). Passeios a dois só perdeu a peleja para um "adversário" quase imbatível: viajar em família, a opção preferida por 59% dos consultados.
A tendência por passeios românticos também é demonstrada por dados da plataforma Google Trends. Só em 2021, a média mensal de buscas pelo termo "viagem para casal" no Google foi de 4,4 mil. O número mostra que os brasileiros estão realmente interessados em um turismo mais apaixonado, se assim podemos dizer.
REALIDADE
Histórias românticas à parte, a pesquisa da MaxMilhas - feita em parceria com o instituto Opinion Box - traz outros dados relevantes, que mostram as transformações que o setor de turismo enfrenta (e precisa enfrentar) para vencer a crise provocada pela pandemia, especialmente no que tange à mudança nos hábitos do consumidor.
Dados levantados em 2021 mostram que, se antes da chegada do novo coronavírus, os lugares mais isolados e distantes das rotas famosas eram a preferência de apenas 28% dos viajantes entrevistados, para o período das viagens pós-pandemia esse número saltou para 51%, quase o dobro.
De acordo com pesquisa, no período pós-pandemia, o brasileiro pretende viajar para locais mais isolados, próximos à natureza, como o Jalapão/MT. Crédito: Pixabay
Decididamente, a busca por localidades pouco badaladas, sem aglomerações e que possam garantir um contato mais direto com a natureza passou a ser prioridade.
Não à toa, Bonito (MS) e Jalapão (MT) estão entre os novos sonhos de consumo dos viajantes. O que esses locais têm em comum? Oferecem atrações e experiências diferentes em relação ao mercado de turismo tradicional.
A explicação para a mudança do consumidor soa óbvia. Mesmo com a vacinação avançando no Brasil (de acordo com dados de sexta (11), 70,76% da população brasileira estava totalmente imunizada, com duas doses ou dose única), muitos turistas ainda se preocupam com a extensão da crise sanitária e o avanço da variante Ômicron no país. Trata-se de um reflexo da preocupação com os perigos da Covid-19, conforme apontam 90% dos entrevistados.
Índices de pesquisa afirmam que 74% dos entrevistados querem viajar pelo Brasil no pós-pandemia, especialmente as praias do Nordeste, como Jericoacoara/CE. Crédito: Pixabay
As rotas nacionais, ainda de acordo com o levantamento, são prioridade nos planos de viagem (será por conta da alta do dólar?). Isso porque, dos entrevistados, 74% afirmam que a primeira viagem da pós-pandemia será em "terra brasilis", citando o termo utilizado pelos conquistadores portugueses para denominar o Brasil em seus mapas, no século XVI.
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Além disso, as praias são os destinos para os quais 48% dos entrevistados pretendem ir, principalmente as localizadas no Nordeste. Os índices mostram que a segurança sanitária nas viagens é um ponto muito relevante. Além do mais, a incerteza envolvendo os destinos internacionais é outro fator que contribui para a valorização dos locais nacionais.
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