O Mercado Novo, em BH, é o point do público jovem. Crédito: Felipe Khoury
Pode pegar o pão de queijo, o cafezinho e, se o horário permitir, a cervejinha. Se você estiver em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, certamente não vai faltar comida boa nem passeios surpreendentes para explorar. Da arquitetura do Mercado Central às pinturas gigantes do Circuito Urbano de Arte (CURA), “Beagá” se tornou um destino queridinho nos roteiros de viagem dos brasileiros. E dos capixabas também.
Engana-se quem pensa que há poucos atrativos pela região. Belo Horizonte respira história, cultura e lazer: três pontos cruciais para aproveitar ao máximo uma cidade. Nós, do HZ, estivemos por lá para mostrar alguns locais “indispensáveis” durante uma rápida visita. Mas, claro, sempre há opções para aqueles que preferem dar uma esticada na viagem.
O Mercado central de BH funciona desde 1929. Crédito: Felipe Khoury
Começando pelo Mercado Central, no coração de BH, é impossível não ficar tomado pelas delícias típicas de Minas Gerais. Com mais de 400 lojas, os queijos, doces, iguarias, carnes e temperos chamam atenção de quem não resiste a uma boa compra gastronômica. Fica a dica para se aventurar em um fígado acebolado com jiló servido num dos estabelecimentos do local, ainda mais acompanhado de uma cervejinha. Além disso, as tradicionais cachaças da região são uma atração à parte dos apreciadores de plantão. Já deu para sentir o clima, né?
As cachaças de Minas Gerais fazem sucesso no Mercado Central de BH. Crédito: Felipe Khoury
Mas calma, por lá ainda é possível encontrar muito artesanato e utensílios bem característicos da cultura mineira, como canequinhas esmaltadas e filtro de barro. Não é à toa que mais de 1,2 milhão de pessoas circulam pelo Mercado Central por mês. Seja por compras ou apenas para dar um “rolê”, o espaço virou um verdadeiro point de happy hour no fim da tarde, já que ele funciona das 8h às 18h.
As canecas esmaltadas são uma atração do Mercado Central. Crédito: Felipe Khoury
Os bares do Mercado agitam a capital de Minas Gerais após o expediente. O happy hour dos mineiros ganha força nos espaços levemente apertados, mas que dão a graça na hora de “tomar uma” com os amigos depois de um dia de trabalho. É daqueles programas raiz para se fazer em Beagá.
Os bares do Mercado agitam a capital de Minas Gerais após o expediente. Crédito: Felipe Khoury
MERCADO NOVO
Apesar do nome ser Mercado Novo, sua história é antiga. Inaugurado em 1963, o espaço ficou por muitos anos ocupado por um único andar e poucas lojas. Em 2018, após uma revitalização, o prédio ganhou outro aspecto e floresceu mais vida em seu interior. De lá pra cá, o local virou sinônimo de boa gastronomia e bons bares que levam a cara de Belo Horizonte. Localizado na Rua Rio Grande do Sul, no Centro, o Mercado é considerado o mais descolado de BH.
Bastante frequentado pelo público jovem, o movimento mais intenso acontece durante a noite, quando o foco é a diversão entre amigos. Há também lojas de artesanato, galerias de arte, brechós e cachaçarias. A vida noturna é celebrada no espaço que reúne diversas tribos e estilos de pessoas, se tornando um verdadeiro encontro de culturas. Ficou na dúvida aonde ir em uma sexta ou sábado à noite, aposte no Mercado Novo e você não irá se arrepender, já que este espaço funciona de 8h até 0h.
Os bares do Mercado Novo, em Belo Horizonte, fazem sucesso na vida noturna . Crédito: Felipe Khoury
CIRCUITO URBANO DE ARTE (CURA )
O Circuito Urbano de Arte (CURA ) é um dos maiores festivais de arte pública do Brasil e, em 2017, presenteou Belo Horizonte com seu primeiro circuito de pintura em empenas (fachadas laterais de grandes edifícios), criando o primeiro mirante de arte urbana do mundo. Da rua Sapucaí, é possível contemplar todas as obras realizadas no hipercentro, incluindo os murais mais altos pintados por mulheres na América Latina e a maior obra de arte pública realizada por uma artista indígena.
Em setembro deste ano, a 7º edição do CURA movimentou a Praça Raul Soares com uma programação recheada. Entre os atrativos, a exposição instalação “Levante”, de Selma Calheira (BA), pintura empenas de Pedro Neves (MG), Sueli Baixaki (MG) e MST (Brasil), além de shows com Mateus Aleluia e Jambruna.
Ao todo, 20 prédios da capital mineira ganharam pinturas levando mais cores e vida para as ruas de Beagá. Artistas como Luna Bastos, Lídia Viber, Marina Capidevila e Robinho Santana deixaram o seu legado na arte dentro do coração de Minas Gerais. Na 6ª edição do CURA, em 2021, a praça Raul Soares ganhou a força das águas do Rio Amazonas e a energia da floresta, com seus seres encantados e entidades, nos enormes painéis instaurados nos edifícios do entorno.
Arte do Circuito Urbano de Arte (CURA ) . Crédito: Felipe Khoury
NATUREZA
Belo Horizonte pode não ter praia, mas aquele "contato com a natureza" fica a cargo de grandes praças e parques. Um dos exemplos mais famosos é tradicional Praça da Liberdade, localizada no boêmio bairro da Savassi. O complexo paisagístico e arquitetônico chama atenção pelo verde no entorno e também pelos palácios que sediaram as secretarias do Governo. É um ótimo local para dar aquela boa descansada após um passeio longo.
Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Crédito: O Tempo/Folhapress
Falando em tirar um tempo "relax", que tal dar um pulo na Lagoa da Pampulha? Com um perímetro de 18 km, o cartão postal de Belo Horizonte foi criado foi ninguém menos do que Oscar Niemeyer, durante a gestão de Juscelino Kubitschek. Declarado recentemente pela UNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade, o Conjunto Arquitetônico da Pampulha é ideal para andar de bike, correr e desfrutar do ar livre. E para completar o dia, conheça a Igreja de São Francisco, ali mesmo na região.
Pontos turísticos de Belo Horizonte, Minas Gerais
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