Alinne Moraes. Crédito: Reprodução | Instagram
A atriz Alinne Moraes contou que se considera feminista desde sempre, mesmo que inconscientemente, e disse que nunca chegou a viver relacionamentos abusivos, pois os rompia assim que percebia que algo estava errado.
Em entrevista ao "Extra", ela, que só conheceu o pai quando já era adulta, lembrou como foi crescer em uma casa só com mulheres e conquistar sua própria independência financeira.
Alinne disse que aprendeu a fugir dos relacionamentos abusivos após assistir uma experiência em sua própria família. "A minha mãe teve uma relação dessas quando eu era jovem e isso me marcou muito. Mas ela não deixou a coisa se agravar".
"Em todas as minhas relações que sentia que isso poderia acontecer, eu pulava fora. Sempre terminava. Terminei alguns namoros amando muito. Precisava desligar o telefone, sair de cena. Mas sempre me salvei. Eu saí de casa aos 13 anos para trabalhar como modelo e não poderia arriscar. Seja por causa de drogas ou de uma relação abusiva. Eu tinha medo de dar um tiro no pé e perder tudo o que conquistei".
A atriz conta que conquistou sua independência financeira ainda muito jovem. "Eu já era uma menina madura. Encontrei uma carreira e ganhei bagagem. Fiz o meu pé de meia. Comprei a casa da minha mãe, a minha casa. O meu ganho foi maior do que qualquer perda. A minha mãe recebia um salário-mínimo. Lembro de ganhar 20 vezes mais quando fiz uma campanha para a Ellus. Se não fosse a carreira como modelo, talvez eu estivesse em Sorocaba [interior de São Paulo] até hoje".
Ela diz que as mulheres de sua vida foram influências importantes em sua vida para a construção de sua força. "A minha avô, que já morreu, virou nome de rua em Sorocaba. Cresci ao lado de mulheres fortes, independentes, emancipadas. Sempre fui feminista sem saber".
A figura paterna não entrou em sua vida tão cedo, mas Alinne diz que não foi um problema. "Eu me resolvi desde pequena, mesmo sem perceber. Aos 8 anos, questionava a minha mãe: 'Ele era tão novo como você?' [a mãe da atriz a teve com 19 anos]. Pensava que ele sentia vergonha de tentar se aproximar. Mas tentei entender a situação antes de julgar. Isso me salvou".
"Ele faleceu seis meses após a gente se conhecer. Tive a oportunidade de reencontrar a minha irmã por parte de pai aos 20 e poucos anos. Através dela, consigo sentir o meu pai. A minha geração tem muitas filhas sem pai".
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