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Publicado em 24 de julho de 2023 às 09:32
Amaury Júnior almoçava em sua casa em Orlando, na tarde deste sábado (22), quando deixou garfo e faca de lado para conversar por telefone com o F5. Queria acabar logo com as especulações sobre uma possível demissão ou um suposto desentendimento com a direção da RedeTV!, onde trabalhou nos últimos 21 anos --ele anunciou sua saída nesta sexta-feira (21).
"Saí numa boa. Foi uma decisão minha. Tenho que cuidar mais dos meus negócios e deixar o vento me levar para onde for o melhor". No caso, "o melhor" é um canal de televisão próprio, antigo projeto de Amaury. Ele diz que agora há chances.
Enquanto não chega o momento de ter a própria emissora, ele quer produzir mais conteúdos e até comandar um talk show para a sua plataforma transmitida no exterior e no Brasil. Pioneiro do colunismo social eletrônico no Brasil (parece que dá para ouvir, ao fundo, a música de seu programa enquanto ele fala), Amaury tornou-se popular em 1982, com o programa Flash, na Gazeta.
Lá se vão mais de 40 anos. Ele agora quer diminuir o ritmo, ter mais tempo para fazer outras coisas. Mas o fato é que não consegue se afastar definitivamente da cobertura de festas e eventos, mesmo com alguns desconfortos que esse tipo de trabalho traz. Entrevistar convidados de pilequinho ou exalando salgadinhos fritos, por exemplo. "Isso faz parte", diz, lembrando do "bafo de coxinha" que muitas vezes teve que encarar ao conversar, de pertinho, ao pé do ouvido, com personalidades de diferentes áreas, muitas vezes em ambientes barulhentos.
Aos 72 anos, o comunicador se orgulha de ter entrevistado João Gilberto, arrepende-se de ter dado espaço para o médico Roger Abdelmassih e para o médium João de Deus, ambos condenados por crimes sexuais. Também nega ser de direita. "Não gosto de revelar meu partido ou preferências políticas. Não digo qual é o meu time de futebol nem o meu boi de Parintins. Onde tem divisão de opiniões, não me meto". Confira a seguir a entrevista de Amaury ao F5:
Eu já estava prevendo isso na minha programação de vida. Conversei com Amilcare [Dallevo Júnior, presidente e coproprietário da emissora] e disse que não queria mais continuar porque tenho novos projetos pela minha produtora. Tenho uma plataforma, um canal de língua portuguesa que passa aqui em Orlando, em alguns estados americanos e no Brasil. Precisava e preciso me dedicar mais. Ele concordou comigo e saí numa boa.
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