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Capixaba é a artista da semana no "Encontro com Fátima Bernardes"

Obras da artista plástica Kika Carvalho ficarão expostas até sexta-feira (07), no programa da TV Globo

Felipe Khoury

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Publicado em 3 de janeiro de 2022 às 16:06

A artista capixaba Kika Carvalho
A artista capixaba Kika Carvalho Crédito: Kika Carvalho

O ano começou muito bem para a artista plástica Kika Carvalho, 29. Natural de Vitória, a capixaba é a Artista da Semana no programa "Encontro com Fátima Bernardes", da TV Globo. Nesta segunda-feira (03),  algumas de suas obras foram expostas no telão enfeitando o cenário da atração.

"Eu estava viajando e cheguei em casa muito cansada. Infelizmente, não consegui assistir ao programa, mas meu celular não parava de chegar mensagens. Muita gente me dando os parabéns, fiquei feliz demais com a repercussão do meu trabalho em mídia nacional", contou Kika.

Os trabalhos de Kika vão decorar o programa da TV Globo até sexta-feira (7).  Entre as obras expostas, retratos de mulheres e designers de pipas, chamados brasões, que remetem a símbolos de orixás das religiões de matriz africana. Os trabalhos são focados na cultura africana e possuem majoritariamente a cor azul como predominante. 

"Não é só pela questão de ter um trabalho difundido em um programa com muita audiência, mas principalmente de ver os brasões de orixás para todo o Brasil. Fiquei pensando na dificuldade da mídia falar sobre a cultura africana", ressaltou a capixaba.

Obras da artista capixaba Kika Carvalho são expostas no programa
Obras da artista capixaba Kika Carvalho são expostas no programa "Encontro com Fátima Bernardes" Crédito: Reprodução/TV Globo

Apesar do programa ser normalmente comandado por Fátima Bernardes, os apresentadores Patrícia Poeta e Manoel Soares estão à frente da atração nesta semana. Na ocasião, o substituto de Fátima fez um comentário sobre as obras de Kika. “É aquela coisa, preto não vai para África, preto volta. É a nossa casa”, afirmou Soares.

Desde 2017, Kika foca sua produção artística na cor azul com a simbologia da cultura africana. A artista conta que começou a estudar mais sobre a conexão dos elementos na faculdade. Além das referências, as obras da capixaba também buscam ressignificar uma expressão considerada racista. 

“Dentro da arte ocidental, o pigmento azul já foi mais caro do que o ouro, assumindo um espaço de poder. Ter essa cor em obras com referências africanas é levar poder para a nossa cultura. Busco fazer um paralelo também com a expressão racista e ofensiva 'tão preto que chega a ser azul'", frisou a artista.

Kika Carvalho já teve obras expostas em galerias dos Estados Unidos, Itália e Portugal. Ao longo da carreira, foram mais de 50 trabalhos com a temática africana pintados com a cor azul. Vivendo um bom momento, a capixaba está com a agenda lotada até setembro.

“Tenho muitos projetos para executar. Estou com a agenda de trabalho fechada até setembro para concluir. Não estou me permitindo sonhar muito, vários sonhos já estão se realizando na minha vida”, concluiu Kika.

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