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Publicado em 3 de agosto de 2022 às 08:18
Quando Klara Castanho tornou público o fato de que foi vítima de um estupro, em junho, depois de uma gravidez ter sido exposta por jornalistas e influenciadores, correram boatos de que a Netflix mexeria em algumas de suas cenas na segunda temporada de "Bom Dia, Verônica". Os cortes, no entanto, foram negados pelo streaming.
Os novos episódios já estavam gravados quando o caso veio à tona e não foram submetidos a uma nova edição. Os capítulos que chegam à plataforma nesta quarta (3), portanto, seguem o que havia sido originalmente planejado para a personagem de Castanho.
Em "Bom Dia, Verônica", a atriz dá vida à filha de um líder religioso que abusa sexualmente de mulheres ao prometer a elas a cura para diferentes mazelas. Dentro de casa, no entanto, ele também assedia sexualmente a personagem, uma adolescente.
Entre as cenas estão passagens em que o pai, vivido por Reynaldo Gianecchini, fica nu diante da filha, pede a ela que sente em seu colo ou passa a mão sobre suas coxas. Mais adiante na temporada, a situação piora quando a garota substitui a mãe nos ditos rituais de cura, presenciando as agressões sexuais do líder religioso contra suas fiéis.
Nas cenas em que Castanho é o destaque, no entanto, há certa sutileza e nada é feito de forma muito gráfica. Nesta nova temporada, "Bom Dia, Verônica" mostra a personagem-título, vivida por Tainá Müller, tentando tornar públicos os crimes do vilão, bem como uma organização criminosa que ele comanda.
Müller e Castanho se reúnem em cena pela primeira vez desde 2008, quando dividiram camarim na novela "Revelação", exibida pelo SBT. Na ocasião, a segunda tinha apenas oito anos e estava no início da carreira. "A Klarinha é muito dedicada, vocacionada, ela está brilhante na série", diz Müller sobre a colega de elenco.
No fim de junho, Castanho passou por uma exposição violenta viu seu nome estampar reportagens e publicações em redes sociais que alegavam que ela estaria grávida e que teria doado o bebê. Diante da pressão, ela divulgou uma carta aberta confirmando as informações e afirmando que havia sido vítima de um estupro.
No texto, a atriz relata que não estava em sua cidade, nem próxima de amigos e familiares. Inicialmente, não teria percebido que, do estupro, resultou uma gravidez indesejada. Em outro trecho, ela fala sobre o processo de manter a gestação e realizar a adoção legal do bebê, conforme prevê a lei.
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