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Confeiteiro do ES ganha direito de usar marca após ação do cantor Leonardo

Segundo o capixaba, a empresa do sertanejo estava com uma ação para impedir o uso do nome "Doceria do Leo". Caso é parecido com o que Roberto Carlos perdeu em 2016

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Guilherme Sillva

Repórter da Revista.ag / gusilva@redegazeta.com.br

Publicado em 3 de novembro de 2021 às 19:43

O confeiteiro Leonardo Carlos Pereira, 33 anos, vai ter direito de usar o nome da sua marca "Doceria do Leo". O anúncio foi feito pelo empresário no Instagram da loja, localizada em Vila Velha. Há quase dois anos, desde a abertura da empresa, ele não estava conseguindo o registro da marca. Segundo o capixaba, a empresa do cantor Leonardo estava com uma ação para impedir o uso do nome.

"Demorou muito o processo porque a empresa dele estava com uma ação para impedir a gente de usar nosso nome. Imagina, gente, o cantor Leonardo impedindo a Doceria do Leo de usar o nome?", disse o confeiteiro nos stories do Instagram.

"O Leonardo (cantor) tem uma empresa de registro de música chamada Do Leo e nós somos a Doceria do Leo. O questionamento é que 'Do Leo' é exclusividade dele. O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) informou que Leo é diminutivo de nome e uma expressão comum, então não pode ter exclusividade", disse o capixaba ao HZ.

Leonardo Pereira
Leonardo Pereira estava há dois anos tentando registrar a marca Crédito: Divulgação

Leonardo Carlos contou que, quando foi abrir o negócio, pesquisou pelo nome. "Pesquisei se o nome já estava sendo usado por outras empresas e não tinha". De acordo com ele, o INPI fez a análise do caso e verificou que não havia a oposição ao registro da marca. "Também recebemos notificações de outras empresas que usam o diminutivo de Leonardo", conta o empresário.

No fim, ele comemorou a conquista. O registro da marca é válido por 10 anos e, após esse período, o empresário terá que fazer novamente o processo. "Foram dois anos lutando para usar o nome da minha marca. É uma sensação de alívio", explicou o confeiteiro ao HZ.

O capixaba ainda fez um convite para Leonardo ir comer um doce: "Léo, te convido para comer um bolinho. Traz a Virgínia também", disse nos stories.

A redação tentou contato com a assessoria do cantor, mas ainda não obteve retorno. Assim que recebermos uma resposta, o texto será atualizado.

CASO PARECIDO COM OUTRO CAPIXABA

Outro capixaba já passou por algo parecido. Em 2016, cantor Roberto Carlos perdeu na ação judicial movida contra um corretor de imóveis de Vila Velha, homônimo do músico. O capixaba foi processado pela Editora Musical Amigos LTDA, da qual o cantor é sócio majoritário, por usar o nome próprio na corretora.

No processo, a editora alegou que o corretor estaria usando indevidamente como nome fantasia a marca registrada do cantor, o que prejudicaria o seu prestígio no ramo. Para a Justiça, entretanto, o dano ao cantor não ficou comprovado.

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