O apresentador Pedro Bial. Crédito: Globo/Divulgação
O "Conversa com Bial" entrará em seu sexto ano ainda com entrevistas remotas e um pé calçado na eleição presidencial marcada para outubro. O assunto, que já vinha pautando encontros promovidos no ano passado, como os de Fernando Henrique Cardoso, Fernando Haddad (PT) e Eduardo Leitte (PSDB), ganha ainda mais fôlego nesta temporada.
Uma das metas da equipe é vencer a resistência de Lula a ir ao programa. Em abril do ano passado, Bial disse, em entrevista ao "Manhattan Connection", então na TV Cultura, que só entrevistaria o petista se ele se submetesse a um polígrafo, aparelho que denuncia quando alguém está mentindo.
A declaração, explicou Bial depois, era uma reação do jornalista a outra afirmação de Lula, que disse que só daria entrevista à Globo se fosse ao vivo, levantando suspeitas sobre a honestidade da emissora no trabalho de edição sobre o que ele diz.
Pouco tempo depois dessa troca de alfinetadas, Bial aproveitou a presença de Fernando Haddad no programa para tornar público, ao final da conversa, o convite para que Lula apareça por lá. Mas em outubro, ao dizer que Lula "representa o passado", Bial acabou provocando outra reação no petista, que reagiu perguntando se "novo" seria "a fome".
Até em razão dessa troca de acusações, é grande a torcida para que o encontro entre os dois de fato aconteça diante das câmeras. Bial já entrevistou Lula no passado, inclusive como presidente da República.
E é claro que a agenda do programa com pauta nas eleições deverá evitar choques com os interesses do jornalismo da Globo, que também programa sua série de entrevistas com presidenciáveis para a bancada do "Jornal Nacional" e planeja realizar debates para os pleitos federal e estaduais.
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Como aqui já foi dito no final do ano, o "Conversa com Bial" seguirá com entrevistas remotas e algumas presenciais, com o apresentador indo até o entrevistado, mas nada de estúdio ou plateia.
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