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Publicado em 2 de fevereiro de 2023 às 11:39
Glória Maria, que morreu nesta terça-feira (2), estreou como repórter em 1971, quando cobriu o desabamento do viaduto Elevado Paulo de Frontin, no Rio de Janeiro. Em uma edição do programa Memória Globo, Glória conta que estava indo almoçar em um sábado quando recebeu uma ligação informando sobre o desastre. Ela e outros profissionais checaram a informação por telefone e logo foram até o viaduto fazer a cobertura.
O episódio estreou uma carreira de grandes coberturas. Relembre algumas delas.
A primeira vez Glória saiu do país foi para cobrir a posse do presidente Jimmy Carter nos Estados Unidos, deixando um Brasil que vivia a Ditadura Militar. A mando do Jornal Nacional, a repórter viajou ao lado de Lucas Mendes, Hélio Costa e outros profissionais registrar a chegada ao poder do primeiro presidente Democrata após anos de domínio Republicano no poder do país.
"Era uma abertura, ele era a favor das minorias. Então a Globo fez questão de me mandar para mostrar que aqui [no Brasil] também tinha minorias que se davam bem e trabalhavam", contou ao Altas Horas.
Em 1982, Glória foi a primeira jornalista mulher do Brasil a cobrir uma guerra. A própria repórter pediu para o Armando Nogueira, seu diretor no Jornal Nacional na época, para ir. "Só iam homens, desde que a guerra começou", disse Glória no Roda Viva.
"Era uma guerra em que se desarmavam minas terrestres. E eu tinha que ir lá ver como era", disse. "A guerra é uma coisa que me deu muito medo, mas eu não deixei que ela me paralisasse".
No dia 17 de dezembro de 1996, um grupo do MTRA (Movimento Revolucionário Tupac Amaru) invadiu a casa do embaixador do Japão no Peru, Morihisha Aoki, e fez 400 reféns. A embaixada ficou tomada por 126 dias, uma das maiores ocupações de embaixada da história --obrindo de perto, estava Glória Maria.
No currículo de Glória Maria estão a cobertura dos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996, e da Copa do Mundo da França, em 1998.
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