São 59 anos de vida e quase cinco décadas de carreira em papéis relevantes tanto no cinema quanto nas telenovelas. Afinal, quem consegue esquecer do malandro Sandro, de "Cheias de Charme", ou mesmo do rígido Zé Leôncio, protagonista da nova versão de "Pantanal" exibida recentemente pela Rede Globo?
Claro que estamos falando de Marcos Palmeira, cujo talento foi "traduzido" em homenagem durante a edição que comemora os 30 anos do Festival de Cinema de Vitória, que acontece até domingo (18), com entrada franca, no Sesc Glória. Em entrevista concedida a HZ, Palmeira falou da emoção de ser reconhecido por uma das mostras que mais prestigia o audiovisual independente produzido no Brasil.
"É uma honra receber essa homenagem, pois lembra meu início de carreira, como também faz pensar nas opções que tive como ator e das coisas que abri mão para estar nessa profissão", apontou o artista, dizendo que o nunca levou a sério o estigma de galã.
"Minha mãe fica orgulhosíssima, né (risos)? Para meu ego também, mas nunca me vi nesse lugar. Sempre me vi mais como o amigo do mocinho do que como o mocinho. Talvez, em algum momento, isso tenha pesado e fez com que me voltasse para o teatro, até na tentativa de desconstruir essa figura do galã que, inconscientemente, talvez tivesse deixado tomar conta de mim", responde, com franqueza e serenidade.
Durante o descontraído bate-papo, o carioca relembrou papéis marcantes no cinema, em especial nos filmes "Anahy de las Misiones" (1997) e "Villa-Lobos - Uma Vida de Paixão" (2000), dirigido por seu pai, o cineasta Zelito Viana.
Defensor do meio ambiente - possui um projeto que desenvolve a preservação dos ecossistemas naturais através da produção de hortaliças e laticínios orgânicos no Rio de Janeiro -, Marcos mostrou otimismo em relação às políticas sobre o tema defendidas pelo novo governo federal, em especial pela escolha de Marina Silva como Ministra do Meio Ambiente.
FESTIVAL CONTINUA
A edição comemorativa de 30 anos do Festival de Cinema de Vitória segue até domingo (18) no Sesc Glória, no Centro de Vitória. A programação nestes dois últimos dias de evento começa às 14h. Os destaques estão nas exibições de curtas e longas que fizeram parte da história do circuito.
Entre os destaques, os longas "A História da Eternidade", de Camilo Cavalcanti, e "Ela Volta na Quinta", de André Novais Oliveira. A entrada é gratuita.
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