Evangélica e apoiadora de Trump: como está a capixaba que já teve os maiores seios do mundo

Sheyla Hershey está de volta. A capixaba que ganhou fama nos anos 2000 por ostentar os maiores seios do mundo retornou ao Espírito Santo não só para matar a saudade da família, mas também para retomar sua busca constante pela beleza. Aos 46 anos, após uma história marcada por recordes, polêmicas e reviravoltas, ela se prepara para novos procedimentos estéticos e uma nova fase de vida.

Sheyla começou sua jornada com cirurgias plásticas em 2005, inicialmente ganhando notoriedade regional. Logo, sua obsessão por seios cada vez maiores a projetou nacionalmente. O ápice veio em 2010, quando chegou ao recorde de 5.500 ml de silicone em cada seio. Ela estava prestes a oficializar o feito no Guinness Book quando precisou retirar as próteses por conta de uma gravidez.

Foram 35 cirurgias plásticas e anos de dependência do bisturi. Em um dos momentos mais críticos, Sheyla enfrentou uma grave infecção após uma nova tentativa de aumentar os seios no Brasil e quase morreu. Ficou um ano sem implantes, mas a compulsão falou mais alto e ela voltou à mesa de cirurgia.

Em 2017, um acidente danificou sua coluna e obrigou a retirada das próteses devido ao peso excessivo. Agora, de volta ao Espírito Santo, ela se prepara para mais algumas cirurgias: harmonização facial, harmonização íntima e quer implantar próteses de 3.000 ml. “Não estou feliz com o tamanho dos meus peitos agora, me sinto muito mais bonita com os peitos grandes”, afirmou.

A experiência de quase morte por infecção transformou Sheyla espiritualmente. Ela, que sempre foi cristã, voltou a frequentar a igreja evangélica e acredita que sua fé foi fundamental para superar o vício das cirurgias plásticas - pelo menos por um período - e episódios de depressão.

Mesmo mantendo sua fé, ela admite que a busca pelo corpo perfeito nunca a abandonou completamente. A decisão de colocar novos implantes demonstra a dicotomia entre sua espiritualidade e o desejo incessante de se transformar fisicamente.

Radicada nos Estados Unidos, Sheyla trabalha no Tribunal de Nova Jersey como intérprete de português, espanhol e inglês. Em 2018, ela surpreendeu ao anunciar que pretendia se candidatar como vereadora pelo partido de Donald Trump, a quem apoia.

“Eu sou republicana, apoio o Trump, mas não concordo com a política de imigração. Vejo amigos meus sendo arrancados de suas casas. Estamos passando por essa fase triste, eu não sabia que iria chegar a esse extremo. Concordo que ele deveria deportar todas as pessoas que cometem crimes, mas agora está deportando trabalhadores também”.

Após uma sequência de relacionamentos conturbados, Sheyla Hershey está solteira e focada na vida profissional. Ela planeja lançar uma linha de cuidados com a pele voltada para mulheres. “A mulher depois de casar geralmente para de se cuidar. Isso aconteceu comigo, mas não quero que aconteça mais, por isso estou criando uma linha de skincare para que as mulheres possam se cuidar em casa mesmo”, contou.

Mesmo envolvida no mundo dos negócios, Sheyla não pretende abandonar o título que a fez famosa. O retorno ao Espírito Santo marca uma nova fase, mas o desejo pelos seios gigantes permanece. Sua trajetória prova que, entre excessos e reinvenções, a polêmica Sheyla Hershey sempre encontra um caminho para continuar sob os holofotes.