Raquele Cardozo, capixaba e ex-participante do BBB 24. Crédito: João Cotta/Globo
Eliminada do BBB 24 na última terça-feira (19), com 87,14% dos votos, a capixaba Raquele disse que seu principal medo na casa era que o público não tivesse tempo de conhecê-la. Em entrevista, a moradora de Aracruz, na Região Norte do Espírito Santo, falou sobre as expectativas após a saída do reality, seus momentos de destaque na casa e também sobre as dificuldades do confinamento.
Veja a entrevista da capixaba.
O que faltou para chegar mais longe no 'BBB 24'?
Pelo que andei observando, faltou eu soltar a minha oncinha, ser mais briguenta, falar mesmo (risos)... Mas eu não podia inventar um personagem porque essa não sou eu. Eu não conseguiria sustentar por muito tempo. Eu fui para ser como realmente sou. Se mexessem comigo, como mexeram, com certeza eu iria me defender, falar, ser reativa até certo ponto. Mas ser briguenta e apontar muito o dedo nunca foi de mim. Então, não teria como eu fazer diferente lá dentro. Eu fui a Raquele do início ao fim.
Alguns participantes te viam como "planta" no jogo. A que você atribui essa opinião deles ao seu respeito?
Isso foi porque eu não gosto muito de me intrometer em assuntos dos outros. Sou a pessoa que observa mais de fora e, se eu sentir que posso colocar minha opinião, vou colocar. Mas, quando não é sobre mim, não me meto. Esse é o meu pensamento, contrário ao de outras pessoas que me achavam uma planta. Muita gente achava que eu não fazia movimentos dentro da casa, não conversava sobre jogo. Só que eu conversava, sim, mas com os meus, com quem eu me sentia à vontade. Não tem porque eu conversar de jogo com pessoas que não são minhas aliadas. Como eles não viam isso, automaticamente eu era a planta da edição para eles.
Muitos gostaram de ver o seu embate com Marcus Vinicius porque, para eles, nesse momento você apareceu mais na disputa. Você concorda que esse foi um destaque seu no jogo?
Em momento nenhum eu saí da sala, naquele Sincerão, com o objetivo de brigar com o Marcus. Foi o que aconteceu por eu lembrar de ele ter dito algo relacionado a 'eu' não ser a protagonista da minha história, pedindo desculpas até à samambaia por ter me chamado de planta. Aquilo mexeu muito comigo. Quem olhava para mim na sala pensava: a Raquele está calma, simplesmente vai conversar, vai passar e tudo bem. Mas quando ele começou a explicar, veio na minha cabeça a cena, ele falando, e foi quando eu explodi. Se você me perguntar o que eu falei, eu já nem lembro. Foi a reação de me defender, não deixar ninguém pisar em mim, defender minha história, minha luta para ter chegado até ali. Eu não ia deixar barato. Mexeu comigo e eu tive que me defender.
O que foi mais difícil de enfrentar no BBB?
A saudade de casa. Eu nunca tinha ficado tanto tempo longe da minha família. Eu evitava falar sobre isso porque, só pelo fato de eu sentir, o olhinho já começava a encher de água, e eu não queria ficar tão sensível assim. Me conectar com as pessoas no jogo, no início, também foi difícil para mim.
Quem é a Raquele antes do BBB e a de depois do reality?
Ainda está muito cedo para eu dizer o que mudou, saí ontem do jogo, nem dormi direito. Pelo menos meu nome ainda sei (risos). Mas não tive tempo de pensar direitinho, de refletir. Meu maior medo era entrar uma Raquele e sair outra. Até agora eu posso falar que entrei a mesma Raquele que saiu. Mas tenho que ver tudo que vai acontecer ao longo desses dias, como vou ficar e me comportar, olhar para dentro de mim, me reconectar. Acho que a gente precisa muito disso depois que sai daquele turbilhão de coisas.
Quais são seus planos pessoais e profissionais para daqui para frente? Vai se arriscar na música dessa vez ou voltar a fazer doces?
O pessoal falou muito dos meus "takezinhos" cantando na festa, e isso me surpreendeu, porque eu estava ali curtindo, dançando e cantando como se ninguém tivesse me observando. E, de repente, eu saio e vejo um vídeo meu cantando e as pessoas gostando, comentando. Então, se aparecer uma oportunidade, por que não tentar algo diferente? Sobre a doceria eu tenho que conversar com meu sócio, o meu noivo, para ver como vai ficar (risos). Mas é algo de que eu não queria abrir mão porque o doce mudou a minha vida, desde 2019 vem mudando. Não penso em largar de mão, mas vamos ver como vai ser, se eu vou dar conta disso tudo. Estou aberta a tentar novas oportunidades, novas coisas.
* Com informações do site Imprensa Globo
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