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Filho de Gal pede exumação do corpo da mãe; advogada nega investigação sobre a causa da morte

Objetivo de Gabriel Costa é levar os restos mortais da cantora para o Rio de Janeiro, onde ela desejava ser enterrada

Publicado em 15 de março de 2024 às 08:22

A cantora Gal Costa
A cantora Gal Costa Crédito: Carol Siqueira / Divulgação

Gabriel Costa, filho único de Gal Costa (1945-2022), entrou com um pedido de exumação do corpo da cantora. A informação foi divulgada pela jornalista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo, nesta quarta-feira, 13, e confirmada ao Estadão por uma das advogadas de Gabriel, Luci Vieira Nunes. Gal morreu em novembro de 2022, aos 77 anos.

De acordo com Luci, o pedido de Gabriel tem como objetivo levar os restos mortais de Gal, que foi sepultada em São Paulo, para o Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro, em um jazigo perpétuo adquirido pela cantora nos anos 1990. Nele, está enterrada Mariah Costa, mãe de Gal, que morreu em fevereiro de 1993.

A decisão de enterrar Gal em São Paulo, cidade na qual ela morou nos últimos anos de vida, partiu da empresária Wilma Petrillo, que alega ser viúva da cantora. Segundo amigos próximo da cantora, Gal sempre manifestou o desejo de ser enterrada junto à mãe. Ela no entanto, não deixou esse desejo por escrito. O Estadão procurou a defesa de Wilma, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto.

Gabriel Costa, filho de Gal Costa, falou sobre o luto após a morte da cantora
Gabriel Costa, filho de Gal Costa, falou sobre o luto após a morte da cantora no Fantástico Crédito: Reprodução/Globo

Luci nega que a exumação solicitada por Gabriel seja para investigar a morte da mãe. De acordo com o atestado de óbito, Gal morreu de infarto agudo no miocárdio e uma neoplasia maligna (câncer) de cabeça e pescoço. O corpo de Gal não passou por necrópsia à época.

"Não é o Gabriel que tem investigar a causa da morte. Cabe à Justiça, se achar que há motivos, proceder essa investigação junto ao Ministério Público. Esse não é um pedido direto do Gabriel. Ele quer a exumação e traslado para o Rio de Janeiro", diz Luci.

Gabriel Costa também contesta direito da empresária à herança

Quando Gal Costa morreu, Gabriel, adotado pela cantora em 2007, tinha 17 anos. Segundo sua defesa, por ser menor de idade, ele não pôde tomar a frente das decisões sobre o sepultamento da mãe.

Gabriel, na época, morava com Gal e com Wilma Petrillo, sua madrinha, em uma casa nos Jardins, bairro nobre da capital paulista. Atualmente, segundo sua defesa, ele não mora mais na casa, que pertence unicamente a Gal.

Retrato da cantora Gal Costa
Retrato da cantora Gal Costa Crédito: Keiny Andrade (F)/Folhapress

"A casa é dele. Da mãe dele. Ele saiu porque ele não suportou o assédio moral e físico de Wilma. Ela queria que Gabriel assumisse dívidas. Ela faz dívidas e depois quer que ele reparta-as com ela", diz Luci.

A advogada se refere a um áudio divulgado recentemente em que Gabriel se recusa a assinar um documento de reconhecimento de dívida com a gravadora Biscoito Fino, que teria feito um adiantamento de direitos autorais pertencentes a Gal.

"Não pode haver adiantamento algum. Todo dinheiro deve ir para o inventário. Não pode ser recebido por ninguém. Wilma usou o nome de Gabriel para pedir esse dinheiro", afirma a advogada.

Em setembro de 2023, Wilma Petrillo foi nomeada inventariante dos bens deixados por Gal Costa, mas Gabriel pediu á Justiça que Wilma seja removida da função.

Wilma também pediu o direito à herança, pois alega que mantinha um relacionamento com Gal desde o final dos anos 1990, quando se conheceram. Até a morte de Gal, Wilma atuou como empresária da cantora e era figura constante em seus shows, gravações e entrevistas.

Gabriel, porém, questiona que houvesse uma união estável entre as duas e pede que Wilma não tenha direito à herança da cantora.

Antes de adotar Gabriel, Gal, que nunca se casou legalmente, havia feito um testamento no qual manifestava a vontade de deixar seus bens para a Fundação Gal Costa, que só existiu no papel. Após a adoção, segunda Luci, esse documento foi revogado. Na época, a advogada era procuradora de Gal.

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