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'Foi desafiador', diz Bruno Montaleone sobre viver companheiro de Ney Matogrosso em filme

Ator conta que recebeu bênção do cantor para interpretar Marco de Maria em 'Homem com H'

Publicado em 14 de maio de 2024 às 17:04

Bruno Montaleone irá viver companheiro de Ney Matogrosso em filme
Bruno Montaleone irá viver companheiro de Ney Matogrosso em filme Crédito: Reprodução/Instagram/@montaleone

Assim que soube do filme "Homem com H", cinebiografia de Ney Matogrosso, Bruno Montaleone desejou de participar dele. Logo depois, entrou no radar dos produtores de elenco, fez um teste e acabou ficando com um dos personagens centrais da vida do cantor. É ele quem interpreta Marco de Maria, companheiro de Ney Matogrosso durante 13 anos, que morreu em decorrência da Aids.

"Marco era uma pessoa que amava o mar, era médico, um estudante dedicado, uma pessoa serena", descreve Montaleone. "Começo a história ainda bem jovem e, depois, existiam desafios na passagem de tempo, já que ele foi ficando debilitado por causa do vírus HIV. Seu humor e maneira de viver vida mudaram, mas a conexão que os dois tinham, não. Foi desafiador", reconhece o ator, que vive agora a expectativa do lançamento do filme, ainda sem data programada.

Nas gravações, Montaleone foi o responsável por um momento marcante: o choro do próprio Ney nos estúdios. "Durante toda a preparação e filmagem, eu não tinha encontrado com o Ney -até que um dia ele ficou conosco na gravação e veio a cena. Éramos eu, Esmir [Filho, o diretor], Ney e Jesuíta Barbosa [que interpreta Ney no longa]" relembra.

O relato continua: "Ele foi nos direcionando até que se levantou e pediu um momento. Fiquei com medo de ter ido longe demais ou algo assim". Porém, a pausa foi apenas para lhe dar um beijo e brincar dizendo que atualmente é mais tranquilo que na época que a trama foca. "Isso foi como se tivesse tido a bênção dele para poder interpretar o Marco. Nunca vou esquecer desse momento e sensação em toda a minha vida", diz.

Montaleone também contou como foi gravar um filme que se passa nos anos de 1970. "Foi o máximo. Escutamos muito falar sobre a época, principalmente eu que moro aqui no Rio. Ouvia histórias dos meus pais sobre moda, acontecimentos... O cinema é uma ótima ferramenta para perceber o quanto evoluímos em determinados assuntos -e em outros não", aponta.

Além do filme, o ator esteve recentemente em "Amor Perfeito" (2023) e tem emendado trabalhos em plataformas de streaming. Mesmo assim, ele diz que não se deixa deslumbrar pela boa fase.

"Tenho a energia e humildade de quem está começado, há muito o que estudar e conquistar", afirma. "Sonhos de criança, aqueles que parecem impossíveis mesmo, que tenho que ao menos tentar. Ainda há personagens e facetas diferentes para me experimentar, gêneros que quero explorar como ator, colegas com quem anseio trabalhar."

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