Administrador / [email protected]
Publicado em 16 de julho de 2022 às 09:00
Rainha do rebolado e dos memes da internet, Gretchen, 63, canta e dança contra o preconceito racial, de orientação sexual e de classe social em sua nova música, "Fênix do Amor", lançada nesta sexta-feira (15) nas plataformas digitais e com videoclipe no canal da cantora no YouTube. Ela também aproveita para mandar um recado aos haters: eles não vão conseguir apagar o seu brilho.
Gretchen afirma que a música, composta pelo filho Gabriel Miranda e com arranjos do marido, o saxofonista Esdras de Souza, é uma resposta à intolerância de modo geral. Para ela, a ave mitológica que ressurge das cinzas e está na letra e no refrão da canção representa o negro, a comunidade LGBTQIAP+ e as mulheres que sofrem com o preconceito diariamente. "Essa música fala de tudo isso, não importa o que a gente seja, o que ganha, o que é. Tem que ser o que a gente é, e ponto final."
No clipe de "Fênix do Amor", Gretchen aparece vestindo uma fantasia de fênix com penas vermelhas e pretas dançando a música pelas ruas do comércio de Belém do Pará, acompanhada do marido. Em outro trecho do clipe, o casal usa uma roupa com listras coloridas que remetem às cores da bandeira do orgulho LGBTQIAP+. "O clipe é bem colorido, quem prestar atenção vai entender a minha mensagem."
Perguntada sobre como avalia o atual governo federal, Gretchen admite ser um dos muitos brasileiros que estão à espera do fim do mandato de Jair Bolsonaro (PL). "Só se eu fosse cega e omissa eu não diria que houve retrocesso em tudo [neste governo]. A agressão, a violência, tudo isso é resultado do que está acontecendo", diz a mãe de Thammy Miranda, que é vereador em São Paulo pelo mesmo do presidente no final de 2021, ele chegou a anunciar que deixaria a legenda quando foi Bolsonaro se filiou, lembrando que já sofreu ataques de familiares do presidente, mas isso não se concretizou.
A cantora afirma ainda que acha importante como artista se posicionar politicamente e diz que fará isso no momento certo. Sem citar nomes de candidatos, ela diz que gostaria de ver uma mulher no poder, mas precisa esperar para saber o que vem por aí. "Eu sei que tem uma mulher pré-candidata [Simone Tebet, do MDB], mas quero ouvir mais dela, não a conheço direito. O que eu quero realmente é mudança, disso eu não tenho dúvida."
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta