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Gusttavo Lima tem show milionário com verba ilegal cancelado em cidade mineira

O cachê de R$ 1,2 milhão foi motivo de polêmica nesta semana após ser revelado que o dinheiro partia de uma verba destinada a saúde e educação

Publicado em 29 de maio de 2022 às 15:47

Um show de cachê milionário do cantor Gusttavo Lima foi cancelado na cidade de Conceição do Mato Dentro, em Minas Gerais, anunciou o prefeito, José Fernando Aparecido de Oliveira, em vídeo nas redes sociais no sábado (28).

O cachê de R$ 1,2 milhão foi motivo de polêmica nesta semana após ser revelado que o dinheiro partia de uma verba destinada a saúde e educação. No caso, o dinheiro sairia da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem).

A prefeitura também cancelou os shows de Bruno e Marrone, que receberiam R$ 520 mil. Os artistas se apresentariam no município, como parte da programação da 32ª Cavalgada do Jubileu do Senhor Bom Jesus do Matozinhos.

O cantor Gusttavo Lima em apresentação no Espaço das Américas, em São Paulo, em 2018
O cantor Gusttavo Lima em apresentação no Espaço das Américas, em São Paulo, em 2018 Crédito: Photo Premium/Folhapress

Entretanto, vale notar que a cidade de 17 mil habitantes deve seguir com os shows de outros cantores sertanejos para a festa - ainda com a verba indevida. Dentre eles estão Israel e Rodolffo, contratados por R$ 310 mil, Di Paullo e Paulino (R$ 120 mil), João Carreiro (R$ 100 mil) e Thiago Jhonathan (R$ 90 mil).

No vídeo, o prefeito cita o adiamento e afirma que a festa na cidade foi envolvida "numa guerra político-partidária" que não teria nada a ver com a celebração. Cita ainda que, por ela, já passaram nomes como Zezé Di Camargo e Luciano, Maiara e Maraísa e César Menotti & Fabiano.

"Infelizmente nós vamos ter que adiar a vinda do 'embaixador'", disse, se referindo a Gusttavo Lima, "e também do Bruno e Marrone, por questões eleitorais que tentaram envolver Conceição do Mato Dentro, a cidade e minha honra pessoal".

O cantor diz que "não pactua com ilegalidades" e que não é seu papel "fiscalizar as contas públicas". O Ministério Público de Minas Gerais informou nesta sexta-feira, em nota enviada à reportagem, que faz uma apuração preliminar para verificar se houve irregularidades na contratação.

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