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Jean-Luc Godard morreu por suicídio assistido na Suíça, afirma jornal francês

Uma pessoa da família teria explicado ao jornal que Godard não estava doente, mas muito exausto

Publicado em 13 de setembro de 2022 às 12:14

O cineasta Jean Luc-Godard concede entrevista em 1971
O cineasta Jean Luc-Godard concede entrevista em 1971 Crédito: AFP

Jean-Luc Godard, morto nesta terça-feira (13) aos 91, teria recorrido ao suicídio assistido. A técnica é permitida na Suíça, país onde o ator vivia. As informações são do jornal francês Libération.

Uma pessoa da família teria explicado ao jornal que Godard não estava doente, mas muito exausto. "Ele tomou a decisão de acabar com isso. Foi sua decisão e era importante para ele que ela fosse conhecida", supostamente disse a fonte anônima. O Libération afirma que outra pessoa próxima ao cineasta confirmou a informação. A causa da morte não foi divulgada oficialmente pela família do diretor.

Ao optar pelo suicídio assistido, é a própria pessoa, auxiliada por terceiros, que toma a atitude final. É diferente da eutanásia, em que outra pessoa é quem executa a ação fatal.

A legislação suíça só faz uma ressalva sobre a técnica. "Aquele que, motivado por um motivo egoísta, incitar uma pessoa ao suicídio, ou ajudá-la a cometer suicídio, será punido com pena de prisão não superior a cinco anos ou uma multa pecuniária", define o Código Penal do país.

O cineasta já sugeriu que não teria problema em optar pelo suicídio assistido numa entrevista que deu em 2014 para falar sobre o filme "Adeus à Linguagem", que competia no Festival de Cannes. "Se estou muito doente, não quero ser arrastado em um carrinho de mão... De jeito nenhum", disse na época.

Godard é um dos fundadores da nouvelle vague, e se consagrou por comandar uma revolução no cinema. O diretor franco-suíço marcou a história da produção audiovisual com obras como 'Acossado', 'Uma Mulher É uma Mulher' e 'Bando à Parte'.

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