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Publicado em 14 de julho de 2022 às 14:30
Uma juíza da Virgínia (EUA) negou, na quarta-feira, 13, o pedido da atriz Amber Heard para anular o veredicto em um julgamento por difamação que concedeu mais de US$ 10 milhões ao ex-marido dela, Johnny Depp. O ator ganhou seu processo de difamação contra Heard no mês passado em uma ação civil que gerou amplo interesse nos Estados Unidos e no exterior. Heard recebeu uma compensação menor, US$ 2 milhões, em uma ação movida contra Depp.
Este mês, Heard apresentou uma moção pedindo a anulação do veredicto ou a anulação do julgamento. Seus advogados citaram vários fatores, incluindo um aparente caso de identidade falsa por um dos jurados.
Em uma ordem escrita, a juíza Penney Azcarate rejeitou todas as alegações de Heard, dizendo que a questão do jurado era irrelevante e que Heard não podia comprovar que isso afetava o julgamento.
"O jurado foi aprovado, assistiu ao julgamento, deliberou e chegou a um veredicto. A única evidência perante este tribunal é que aquele jurado e todos os outros seguiram seus juramentos, instruções e ordens judiciais. Este tribunal está ligado à decisão competente do júri", escreveu Azcarate.
Depp pediu em processo o valor de US$ 50 milhões, no condado de Fairfax, depois que Heard publicou um artigo no jornal The Washington Post sobre violência doméstica, no qual ela se referia a si mesma como "uma figura pública que representa o abuso doméstico". O artigo nunca mencionou Depp pelo nome, mas seus advogados disseram que várias passagens no texto o difamaram por implicação, referindo-se às conhecidas alegações de abuso que Heard fez em 2016 ao pedir o divórcio.
Heard então entrou com uma demanda de US$ 100 milhões, também por difamação. Quando o caso foi a julgamento, seu pedido havia sido reduzido a algumas declarações de um dos advogados de Depp, que disse que as alegações de Heard eram uma farsa.
O júri concedeu a Depp US$ 15 milhões e a Heard US$ 2 milhões por sua demanda. A indenização foi reduzida de US$ 15 milhões para US$ 10,35 milhões porque a lei da Virgínia limita os danos punitivos em US$ 350 mil.
A juíza não apresentou seus argumentos para rejeitar as outras alegações de Heard em sua ordem de quarta-feira. Fonte: Associated Press.
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