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Jumas da vida real: confraria reúne "onças" há mais de uma década no ES

No embalo da estreia de "Pantanal", HZ foi conhecer um pouco mais sobre um grupo de 13 "Jumas" que formam, desde 2010, a Confraria das Onças

Eduarda Moro

Administrador / [email protected]

Publicado em 28 de março de 2022 às 07:00

Confraria das Onças: Mariana Perini, Cristiana Oliveira (a eterna Juma) e Renata Rasseli
Confraria das Onças: Mariana Perini, Cristiana Oliveira (a eterna Juma) e Renata Rasseli Crédito: Acervo/Confraria das Onças

Nesta segunda-feira (28), a TV Globo estreia a nova novela das 9, Pantanal, uma história que conquistou o Brasil nos anos 1990 com a história da mulher-onça, Juma Marruá, e o playboy Jove, filho de um fazendeiro do Mato Grosso. E no embalo da estreia, HZ foi conhecer um pouco mais sobre um grupo de 13 "Jumas" que formam, desde 2010, a Confraria das Onças, que se reúne mensalmente em Vitória.

A ideia de reunir mulheres que são fortes, destemidas e amam animal print nasceu na Redação de A Gazeta, com as jornalistas Renata Rasseli, Mariana Perini e Andréia Lopes. Criada inicialmente para ser um encontro de mulheres que apreciam um bom vinho, acompanhado de uma boa comida, a Confraria cresceu e hoje conta com 13 “onças”, reunindo jornalistas, empresárias, professoras, juíza e publicitária, e cada onça pode chamar outras amigas, afinal, o combinado não sai caro.

Confraria das Onças
Confraria das Onças Crédito: Acervo/Confraria das Onças

A regra mais importante é a que dá nome à confraria: todas as integrantes e suas convidadas devem, necessariamente, usar algum item de roupa de onça no encontro. A onça-mania do grupo acompanha até os presentes de aniversários do mês, que são mimos personalizados e (adivinha?) todos trabalhados no animal print da rainha do Pantanal.

De acordo com Mariana Perini, inicialmente o objetivo era aprender sobre vinhos, mas depois virou um grande bate-papo sobre jornalismo e outros assuntos considerados de “mulherzinha”. Uma década depois, as “onças” continuam se encontrando mensalmente – e cada vez mais fortes e donas de si, tal qual Juma Marruá, a protagonista da nova novela das 9.

Renata acredita que a iconografia da onça representa o empoderamento das mulheres que integram a confraria. “As onças são mulheres-onças também na vida, porque elas são fortes, lutadoras, aguerridas, que têm uma personalidade forte e são de vanguarda. Eu não tenho poderes sobrenaturais como a Juma, que vira uma onça-pintada, mas assim como ela, eu sou uma mulher de personalidade forte e determinada, tanto na minha profissão, como no meu meio familiar", destaca a colunista.

Confraria das Onças
Confraria das Onças Crédito: Acervo/Confraria das Onças

Eulália Chieppe, outra onça que há alguns anos participa de encontros da confraria como convidada e, às vezes, acolhia os encontros em sua casa, acabou efetivada pelo grupo e elogia o convívio com as amigas: “No final de 2017, fui promovida a onça e passei a integrar a confraria. Mas (diferente de Juma) não ataco ninguém; pelo contrário, estou sempre pronta para ajudar as pessoas a minha volta”.

JUMAS UNIDAS

Conforme explica Renata, ao longo dos anos, as “onças” passaram a se reunir uma noite por mês e a Confraria ampliou seu objetivo, ainda que os vinhos sejam a principal pauta do encontro: “Em todos esses anos, já conhecemos e provamos muitos vinhos, mas o que realmente move a gente é se encontrar, estreitar mais os nossos laços, ouvir uma à outra e dividir tanto os nossos problemas quanto as nossas conquistas. Tem coisa melhor?”.

E para ser onça é preciso seguir regras. A confraria elege uma presidente com mandato de dois anos – que no momento é Renata Rasseli – e uma tesoureira, que cuida da colaboração mensal de cada uma das participantes e dos demais custos.

Confraria das Onças
Confraria das Onças Crédito: Acervo/Confraria das Onças

Mariana enxerga outros pontos que conectam a história do grupo com a novela Pantanal. “Quando vi que iam produzir a novela, lembrei da confraria. Como uma boa noveleira que sou, não poderia perder essa história. Com certeza, ela vai virar pauta das nossas reuniões. Onça com onça se entende”, brinca.

A coragem é a característica que a jornalista acha ser a mais semelhante à Juma Marruá: “Mexeu com minha família, eu viro uma onça!”.

Em mais de uma década, muita coisa já aconteceu na vida das 13 mulheres: algumas se tornaram mães ou avós, outras se separaram de seus maridos e tiveram novos relacionamentos, e as ‘brabas’ continuam firmes, encontrando dentro delas uma Juma.

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