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Publicado em 28 de março de 2022 às 07:00
Nesta segunda-feira (28), a TV Globo estreia a nova novela das 9, Pantanal, uma história que conquistou o Brasil nos anos 1990 com a história da mulher-onça, Juma Marruá, e o playboy Jove, filho de um fazendeiro do Mato Grosso. E no embalo da estreia, HZ foi conhecer um pouco mais sobre um grupo de 13 "Jumas" que formam, desde 2010, a Confraria das Onças, que se reúne mensalmente em Vitória.
A ideia de reunir mulheres que são fortes, destemidas e amam animal print nasceu na Redação de A Gazeta, com as jornalistas Renata Rasseli, Mariana Perini e Andréia Lopes. Criada inicialmente para ser um encontro de mulheres que apreciam um bom vinho, acompanhado de uma boa comida, a Confraria cresceu e hoje conta com 13 “onças”, reunindo jornalistas, empresárias, professoras, juíza e publicitária, e cada onça pode chamar outras amigas, afinal, o combinado não sai caro.
A regra mais importante é a que dá nome à confraria: todas as integrantes e suas convidadas devem, necessariamente, usar algum item de roupa de onça no encontro. A onça-mania do grupo acompanha até os presentes de aniversários do mês, que são mimos personalizados e (adivinha?) todos trabalhados no animal print da rainha do Pantanal.
De acordo com Mariana Perini, inicialmente o objetivo era aprender sobre vinhos, mas depois virou um grande bate-papo sobre jornalismo e outros assuntos considerados de “mulherzinha”. Uma década depois, as “onças” continuam se encontrando mensalmente – e cada vez mais fortes e donas de si, tal qual Juma Marruá, a protagonista da nova novela das 9.
Renata acredita que a iconografia da onça representa o empoderamento das mulheres que integram a confraria. “As onças são mulheres-onças também na vida, porque elas são fortes, lutadoras, aguerridas, que têm uma personalidade forte e são de vanguarda. Eu não tenho poderes sobrenaturais como a Juma, que vira uma onça-pintada, mas assim como ela, eu sou uma mulher de personalidade forte e determinada, tanto na minha profissão, como no meu meio familiar", destaca a colunista.
Eulália Chieppe, outra onça que há alguns anos participa de encontros da confraria como convidada e, às vezes, acolhia os encontros em sua casa, acabou efetivada pelo grupo e elogia o convívio com as amigas: “No final de 2017, fui promovida a onça e passei a integrar a confraria. Mas (diferente de Juma) não ataco ninguém; pelo contrário, estou sempre pronta para ajudar as pessoas a minha volta”.
Conforme explica Renata, ao longo dos anos, as “onças” passaram a se reunir uma noite por mês e a Confraria ampliou seu objetivo, ainda que os vinhos sejam a principal pauta do encontro: “Em todos esses anos, já conhecemos e provamos muitos vinhos, mas o que realmente move a gente é se encontrar, estreitar mais os nossos laços, ouvir uma à outra e dividir tanto os nossos problemas quanto as nossas conquistas. Tem coisa melhor?”.
E para ser onça é preciso seguir regras. A confraria elege uma presidente com mandato de dois anos – que no momento é Renata Rasseli – e uma tesoureira, que cuida da colaboração mensal de cada uma das participantes e dos demais custos.
Mariana enxerga outros pontos que conectam a história do grupo com a novela Pantanal. “Quando vi que iam produzir a novela, lembrei da confraria. Como uma boa noveleira que sou, não poderia perder essa história. Com certeza, ela vai virar pauta das nossas reuniões. Onça com onça se entende”, brinca.
A coragem é a característica que a jornalista acha ser a mais semelhante à Juma Marruá: “Mexeu com minha família, eu viro uma onça!”.
Em mais de uma década, muita coisa já aconteceu na vida das 13 mulheres: algumas se tornaram mães ou avós, outras se separaram de seus maridos e tiveram novos relacionamentos, e as ‘brabas’ continuam firmes, encontrando dentro delas uma Juma.
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