Johnny Depp firma que 'nunca bateu em nenhuma mulher'. Crédito: Reuters/Folhapress
Os jurados do julgamento do processo por difamação movido por Johnny Depp, 58, contra a ex-mulher Amber Heard, 36, que acontece em um tribunal de Virgínia, nos Estados Unidos, interromperam as deliberações, nesta terça-feira (31), para fazer uma pergunta, segundo New York Post.
Os sete jurados ficaram confusos sobre uma das oito perguntas que precisam responder, que determina se Heard difamou seu ex-marido Depp quando escreveu um editorial para o jornal The Washington Post, em 2018, descrevendo-se como "uma figura pública que representa abuso doméstico".
A questão era se eles acham que a manchete do editorial - que dizia: "Eu me manifestei contra a violência sexual -e enfrentei a ira de nossa cultura"- é falsa.
A juíza Penney Azcarate disse que o júri queria saber se a pergunta estava relacionada apenas à manchete em si ou a todo o editorial. Ela falou que iria instruir os jurados para considerar a manchete e não o editorial como um todo. "A declaração é a manchete e não todo o editorial", disse a juíza.
Além da manchete, os jurados tiveram que considerar se duas frases no editorial de Heard difamavam Depp. Na primeira passagem do texto, a atriz escreveu que "dois anos atrás, tornei-me uma figura pública representando o abuso doméstico e senti toda a força da ira de nossa cultura".
No outro trecho, Heard escreveu: "Tive a rara vantagem de ver, em tempo real, como as instituições protegem homens acusados de abuso".
De acordo com o formulário de veredicto dado aos jurados, o júri deve considerar se a manchete e as passagens eram sobre Depp, se são falsas, se cada uma delas tem uma "implicação difamatória" e se Heard pretendia com isso difamar o ex-marido.
Os jurados também precisam avaliar se Heard agiu com "malícia real", o que requer "evidências claras e convincentes" de que ela sabia que o que estava escrevendo era falso ou que agiu com desrespeito imprudente pela verdade
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