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Justiça absolve fã que perseguia Débora Falabella desde 2013, mas mantém medida restritiva

Stalker foi considerada inimputável pelo Tribunal de Justiça de São Paulo

Publicado em 13 de agosto de 2024 às 08:26

Débora Falabella relembra como foi viver a dependente química
Débora Falabella  Crédito: Jardiel Carvalho (F)/Folhapress

A stalker que perseguia a atriz Débora Falabella desde 2013 foi considerada incapaz de compreender a gravidade dos seus atos e inocentada do processo judicial que respondia por perseguição e crimes contra a liberdade.

O caso foi julgado pela juíza Juliana Trajano de Freitas Barão, da 1ª Vara Criminal da Barra Funda, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). A reportagem teve acesso aos documentos do caso, que corre em segredo de Justiça. O Ministério Público de São Paulo foi contrário à absolvição e pode recorrer da decisão.

Em março, a pedido da Justiça, a mulher passou por um teste de sanidade mental, que constatou que ela é inimputável e recomendou tratamento ambulatorial, o que pesou na decisão da juíza.

A magistrada ainda determinou que a ré seja acompanhada por, no mínimo, dois anos, em unidade ambulatorial designada pela Justiça. Mesmo com a inocência, a Justiça manteve a medida restritiva pedida por Débora Falabella.

A mulher não pode se aproximar em um raio de 2 mil metros de Débora. Se não cumprir a decisão, mesmo que tenha sido considerada inimputável, ela pode voltar a responder pelos crimes.

O histórico de perseguição começou em 2013, quando a fã entrou no mesmo elevador que a atriz e pediu uma foto. A mulher, hoje com 40 anos, passou a enviar presentes aos camarins de locais onde a artista se apresentava, além de cartas com teor íntimo e invasivo e mensagens intimidantes pelo celular.

Em 2015, Débora se apresentava no teatro Sesc Copacabana, no Rio de Janeiro, e a stalker a aguardou num local restrito para, ao fim da peça, tentar forçar a entrada no camarim. Ela foi retirada à força por seguranças. Em 2022, Débora Falabella fez uma queixa contra a mulher.

Os advogados da mulher alegam que ela não cria risco para ninguém e que isso ficou mostrado no caso, através dos laudos do exame feitos. Um diagnóstico de esquizofrenia, de 2004, foi incluído nos documentos da defesa da stalker.

A reportagem tentou contato com os advogados de Débora Falabella, mas não obteve retorno. O Tribunal de Justiça de São Paulo diz que "as informações dos autos são restritas às partes e seus advogados". O Ministério Público de São Paulo disse que não iria se manifestar.

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