Kevin Spacey vai a julgamento por assédio contra o ator Anthony Rapp

Há cinco anos, Rapp acusou publicamente Spacey de tê-lo assediado em uma festa, em 1986, em Manhattan

Publicado em 07/10/2022 às 09h21
O ator Kevin Spacey saindo do Tribunal Federal de Manhattan durante o julgamento de abuso sexual em Nova York

O ator Kevin Spacey saindo do Tribunal Federal de Manhattan durante o julgamento de abuso sexual em Nova York. Crédito: Reuters/Folhapress

Kevin Spacey começou a ser julgado nesta quinta-feira, 6, em Nova York, nos Estados Unidos, por abuso. O caso se concentra nas acusações feitas pelo ator Anthony Rapp, que há cinco anos acusou publicamente Spacey de tê-lo assediado em uma festa, em 1986, em Manhattan, quando ainda tinha 14 anos. O julgamento vai se concentrar nas acusações de violência e inflição intencional de sofrimento emocional, mas não nas alegações mais fortes de assédio sexual, que foram descartadas em junho, por prescrição. Rapp, estrela de Star Trek, está pedindo US$ 40 milhões em danos punitivos e compensatórios.

O caso veio à tona em 2017, quando o site BuzzFeed publicou uma entrevista com Rapp, em que ele relatou o ocorrido. De acordo com ele, Spacey estava bêbado e o agarrou, colocou-o em cima de uma cama, subiu em cima dele e fez avanços sexuais (tocando as suas nádegas).

Após a repercussão do caso, Spacey fez um post no Twitter dizendo não se lembrar de nada do que aconteceu. "Se me comportei como ele descreve, devo a ele as mais sinceras desculpas pelo que teria sido um comportamento bêbado profundamente inapropriado, e lamento os sentimentos que ele descreve ter carregado por todos esses anos", escreveu o ator, que aproveitou para se assumir gay.

Kevin Spacey foi retirado da série House of Cards depois do surgimento das acusações, que levaram integrantes da equipe a fazerem suas próprias denúncias. Ele também perdeu o papel no filme Todo o Dinheiro do Mundo, tendo sido substituído por Christopher Plummer depois que a produção já estava pronta.

O artista já foi condenado a pagar US$ 31 milhões de indenização à produtora MCR pelo cancelamento da série, com o juiz do caso considerando que seu comportamento foi responsável pela decisão da Netflix de encerrar a produção premiada.

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