Administrador / [email protected]
Publicado em 13 de abril de 2023 às 14:30
Vereadora do Rio de Janeiro pelo PL, partido de Jair Bolsonaro, Verônica Costa, também conhecida como "Mãe Loira" do funk, foi condenada pela Justiça do Rio de Janeiro a dez anos e oito meses de prisão. A sentença foi decidida após julgamento nesta terça (11). A política foi condenada por torturar o ex-marido, Márcio Costa.
De acordo com informações de O Globo, inicialmente, ela havia sido condenada a cinco anos e 10 meses de prisão. No entanto, a pena aumentou após apelação do Ministério Público contra a sentença em primeira instância. O caso veio à tona em fevereiro de 2011, após Márcio, casado na época com Verônica, denunciar a agressão à Polícia Civil.
Ainda conforme o Globo, desembargadores decidiram que o cumprimento da pena será em regime inicialmente fechado. Eles mantiveram a determinação de que Verônica perca o cargo de vereadora, conforme sentença do juiz Marcelo Oliveira da Silva, da 16ª Vara Criminal, de 2019. A perda do mandato ocorrerá apenas após trânsito em julgado, segundo a legislação. Caso ela não consiga mudar a decisão judicial com recursos, ficará inelegível.
Em entrevista ao jornal Extra nesta quinta (13), o advogado Leandro Bessa, que defende Márcio Costa (que hoje mora em Miami), afirmou que vai requerer na Justiça a apreensão do passaporte da parlamentar. Ele argumentou que, embora ela não tenha esboçado intenção de fuga, vai fazer o pedido para se resguardar, uma vez que Mãe Loira possui parentes no exterior.
Verônica, em entrevista ao jornal O Globo nesta quarta (12), negou as acusações que fundamentaram sua condenação. Ela afirma ter sido vítima de Márcio, pois viveu um relacionamento abusivo durante mais de dez anos. O ex-marido, por sua vez, sustenta que as provas obtidas nas investigações demonstram que a vítima foi ele.
"Ele bebia muito. Mas eu suportava. Foram momentos difíceis, cheguei a pesar 100 quilos devido a toda a tensão do relacionamento. Uma noite chegou em casa alcoolizado, todo arrebentado e inventou essa história (de que sofreu agressão da esposa). Botou na minha conta e da minha família. Mas todos fizeram exames de corpo de delito, e a perícia não encontrou um arranhão sequer em nenhum de nós", disse Verônica ao jornal.
O bafafá já rende há 12 anos. Em fevereiro de 2011, Márcio Costa procurou a delegacia para acusar Verônica, na época sua mulher, e quatro parentes dela de o agredirem por mais de 20 horas na casa onde viviam no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio.
Segundo investigação, o irmão, a irmã, o cunhado e o padrasto da vereadora, por ordem de Verônica, teriam amarrado Márcio no banheiro. Ele contou que teve os pulsos e os pés amarrados com correntes e corda, além de terem jogado em seu corpo um produto químico e ameaçado atear fogo.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta