Publicado em 3 de novembro de 2021 às 15:42
Uma atriz versátil, performática e pulsante. Assim pode ser definida, de maneira breve, a atriz e diretora Marcélia Cartaxo, escolhida para ser a Homenageada Nacional do 28º Festival de Cinema de Vitória, que acontece entre os dias 23 e 28 de novembro, em formato on-line e gratuito, na plataforma InnSaei.TV. A atriz irá receber o Caderno da Homenageada e o Troféu Vitória, na Cerimônia de Abertura do evento, na terça-feira (23), a partir das 19 horas.
Segundo Lucia Caus, diretora do Festival de Cinema de Vitória, é uma honra poder homenagear uma profissional da importância da atriz. “Marcélia Cartaxo é uma artista que usa o seu trabalho para jogar luz sobre as inúmeras possibilidades de existência. Uma profissional versátil, extremamente talentosa e uma pessoa doce e divertida. Um ser humano especial. É uma honra para o festival poder homenageá-la”.
Nascida em Cajazeiras, no Sertão da Paraíba, Marcélia Cartaxo é um dos grandes nomes da atuação no Brasil. Com mais de 40 anos de carreira, a atriz já interpretou os mais diversos tipos: de freira a prostituta, de mãe a avó, ela imprime o sonho, a força, a luta e a realidade da mulher brasileira em suas atuações. Com participações no teatro e na televisão, foi no cinema que ela construiu uma carreira sólida e com personagens que entraram para a história do audiovisual brasileiro.
Entre suas atuações de destaque, estão a prostituta Laurita, de "Madame Satã" (2002), de Karim Aïnouz, quando foi escolhida a Melhor Atriz do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro; a sonhadora "Pacarrete" (2019), do filme homônimo de Allan Deberton; que lhe rendeu o Prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cinema de Gramado e no Festival de Cinema de Vitória; a mãe do protagonista Francisco, no longa-metragem "Big Jato" (2016), de Cláudio Assis, em que recebeu o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante no Festival de Cinema de Brasília.
Sua estreia no cinema aconteceu em 1985, em "A Hora da Estrela", quando interpretou uma das personagens mais emblemáticas da literatura brasileira: Macabéa, do livro homônimo de Clarice Lispector. Ao dar vida a ingênua datilógrafa, que se muda do Nordeste para São Paulo, no filme de Suzana Amaral, Marcélia ganhou o mundo e recebeu, entre outros prêmios, o Urso de Prata de Melhor Atriz no Festival Internacional de Cinema de Berlim.
Nos últimos anos, além da atuação, Cartaxo também vem atuando atrás das câmeras e exercendo a função de diretora. São dela os curtas-metragens "Tempo de Ira" (2003), "De Lua" (2013), "Redemunho" (2016) e "Casa de Louvor" (2020) que ampliam o seu universo de grande contadora de histórias e comprovam a sua importância para a cultura brasileira.
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