Mário Gomes prestou queixa em delegacia no Rio de Janeiro alegando que o filho está sofrendo intolerância religiosa. Crédito: Reprodução/Instagram @mariogomes__ator
Católico fervoroso, Mário Gomes registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) do Rio de Janeiro por intolerância religiosa cometida contra seu filho adolescente. O ator esteve no local nesta segunda-feira (31) e publicou um vídeo em suas redes sociais explicando o caso. No post, marcou o presidente Jair Bolsonaro.
De acordo com o portal G1, o galã dos anos 1980 reclamou de uma prova do colégio em que o jovem estuda, que trazia um meme de Jesus Cristo crucificado ao lado da frase "Bandido bom é bandido morto". No vídeo publicado nas redes, ele diz que o filho, como o pai, é católico e que teria se sentido vítima de intolerância.
"Isso aqui é um sacrilégio. 'Bandido bom é bandido morto', como se Jesus Cristo fosse algum bandido. Alguém que pregou a paz, que pregou a compreensão, o entendimento entre a pessoas. Aí, a gente está aqui na frente do inspetor, muito atencioso e solidário, que compreendeu completamente a nossa posição, que é uma agressividade contra uma criança e meu filho é católico e temente a Deus", disse Mario Gomes no vídeo gravado na delegacia.
A prova que o ator reclamou, mostrada nas imagens, apresenta uma reprodução de Cristo Crucificado, do pintor espanhol Diego Velásquez, acompanhada pela frase "Bandido bom é bandido morto". O exercício deixa claro que se trata de um meme.
"Este é um meme criado a partir da obra 'Cristo Crucificado', do pintor espanhol Diego Velásquez. Considerando o meme, identifique pelo menos um dos três tipos puros de dominação conceitualizados por Weber. Justifique-se, sempre em termos weberianos", pede a questão, que vale três pontos. Ainda segundo o G1, a Polícia Civil disse que todos os envolvidos serão ouvidos e que a investigação está em andamento.
SOCIOLOGIA
Mas o que seria teoria do domínio de Weber? A sociologia estuda as relações humanas, e o jurista Max Weber (1864-1920) detalhou as formas de poder.
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Para o estudioso alemão, poder é a imposição da vontade de uma pessoa ou instituição sobre os indivíduos. Já dominação é o extremo oposto: é a aceitação e a subordinação dos indivíduos ao poder exercido por alguém. O jurista identificou três tipos legítimos de dominação: "Dominação Legal", "Dominação Tradicional" e "Dominação Carismática".
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