A atriz Cacau Protasio no Trofeu Raça Negra 2012 realizado na Sala Sao Paulo. Crédito: Zanone Fraissat/Folhapress
Em meio à crise nos bastidores do "Vai Que Cola" (Multishow), Cacau Protásio -a Terezinha do sitcom- se posicionou sobre as acusações dos roteiristas sobre os atores da série. Após a demissão de André Gabeh, um dos poucos escritores negros do grupo, os autores dos textos divulgaram carta expondo a interferência dos intérpretes sobre a equipe.
Assinado por seis deles, o documento diz que "a implicância ou perseguição por parte do elenco com o autor não é de hoje", o que teria como consequência a permanência ou não dos membros da equipe.
Cacau discorda: "Eu estou há 11 anos no 'Vai Que Cola' e há 11 anos eu tento levar várias pessoas para trabalharem comigo e não consigo. Aí você acha que depois de 11 anos eu consegui tirar uma pessoa de lá?". A atriz disse que ficou "assustada" quando tomou conhecimento da acusação e que não tem poder sobre as decisões: "Fico triste por ele ter sido mandado embora, mas não posso fazer nada. Eu não tenho esse poder". E completou: "Se tivesse [poder], o programa estaria muito melhor".
Cacau diz que o elenco tem liberdade para opinar sobre as falas propostas: "Toda vez que vem um texto, a gente tem propriedade e liberdade para falar o que a gente quer". Segundo reportagem anterior do F5, Gabeh tentou colocar crítica social e piadas mais politizadas na atração, fugindo um pouco de seu propósito principal, mas o elenco entendeu que a linha besteirol, que caracterizou o humorístico desde a primeira temporada, em 2012, não poderia se perder.
A atriz também defendeu que a acusação deveria ser feita aos produtores da série: "É muito mais fácil acusar o elenco do que acusar a Rede Globo ou o Multishow. É muito mais fácil acusar o menor do que acusar o maior".
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