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Publicado em 1 de fevereiro de 2023 às 15:39
Gabriel deixou a Casa de Vidro disposto a fazer um jogo arriscado no ‘Big Brother Brasil’. Embora estivesse em dupla com Paula, também vencedora da dinâmica pré-temporada, ao entrar no BBB, ele mostrou-se pronto para votar em qualquer participante na busca do título de campeão.
A dinâmica inicial em duplas e, logo depois, a formação de grandes grupos não era o esperado pelo modelo, que pretendia seguir pela linha individual. Mas, no cenário existente na casa, Gabriel adaptou os planos e foi um dos líderes da estratégia de seu quarto.
Ao disputar um paredão contra Domitila Barros e Cezar, recebeu 53,3% dos votos do público e foi o segundo eliminado do BBB 23. Agora fora do game, o modelo destaca, além dos amigos que fez no programa, o que tira da experiência: “O meu maior aprendizado foi olhar para dentro de mim mesmo, ver o que eu posso melhorar e levar isso para a vida”.
A seguir, Gabriel fala com detalhes sobre erros e acertos no "Big Brother Brasil", avalia a condição atual do jogo e diz para quem fica sua torcida.
A primeira coisa que me surpreendeu foi ter planejado jogar sozinho e já entrar em dupla. Não que isso tenha sido ruim para mim, porque eu adoro a Paula; se eu tivesse que entrar com alguém, seria com ela. Só que, na minha cabeça, eu entraria sozinho, faria um jogo individual no começo e depois entraria numa fase de me aliar com grupo. Acho que, das duplas, foi a melhor possível.
O que eu mais curti foram as resenhas no quarto com Bruno, Guimê, Tina, Bruna, Lari e todo mundo do quarto Deserto. Os momentos pós-ao vivo e pós-festa de ficar dando risada com a galera eram a parte que eu mais gostava. Eu não ganhei muita prova, nem joguei muitas, porque fui vetado de várias, então esses que citei foram os momentos mais especiais e de que vou sentir mais falta.
Por conta da dinâmica de início, eu tive que me adaptar ao jogo. Das pessoas que estavam ali, a Paula era a única com quem eu gostaria de formar uma dupla, a única que eu já conhecia, então eu me senti muito mais confortável de estar com ela do que com qualquer outra pessoa. Só que essa questão de jogar sozinho sempre esteve na minha cabeça. Querendo ou não, eu sou um cara que não tenho medo de arriscar no jogo. Nas provas, falava na orelha dos adversários para ver se conseguia distraí-los, por exemplo. Quando eu jogo sozinho, tenho reponsabilidades com as quais só eu arco, não preciso me preocupar com mais ninguém. Quando eu entro em dupla e, principalmente, jogo em grupo, tenho que me preocupar com a minha dupla e com outras dez pessoas; começo a tomar decisões que talvez eu não tomaria. Eu pretendia entrar sozinho e, lá na frente, talvez, me aliar a um grupo por questão de dinâmica de jogo, de ter menos pessoas para me colocar no paredão.
O que mais pesou foi um erro individual que eu tive com um relacionamento afetivo dentro do jogo. Em relação à estratégia, eu faria tudo de novo. Sobre os erros pessoais, é aquilo que eu já citei: um arrependimento enorme.
Fez muita diferença porque eu já tinha passado por um “paredão”, sentido o calor do público, e queria ver o jogo e a casa movimentados. Eu entrei no 220v. Enquanto os outros participantes entraram para se conhecer, trocar ideia, jantar juntos... Eu não estava nessa pegada. Fora que a gente entrou como se já estivesse no meio do jogo, com outras pessoas. Toda a dinâmica fez com que eu tivesse que me privar de certas coisas para poder jogar conforme a banda toca.
Não consigo dizer que ele foi o maior aliado porque eu tenho um vínculo muito forte com a Paula. Desde o começo ela esteve comigo, independentemente dos meus erros, assim como o Guimê. Mas o Guimê era um grande parceiro meu: a gente falava a mesma língua, a gente se sentia ameaçado igual – eu era o primeiro alvo e ele, o segundo. Agora, talvez ele seja o primeiro. Graças a Deus, eu consegui ter um vínculo muito forte com ele, não só de jogo, mas como pessoa também em relação às ideias, à música, a vivências – a gente conseguiu conversar bastante sobre isso. Então, com certeza, ele estaria entre os meus maiores aliados no jogo.
Além do Guimê, a Paula, o Bruno, o Ricardo e o Sapato. O Alface [Ricardo] eu já conhecia, acabamos nos conhecendo no processo seletivo. E com o Bruno eu tive um vínculo muito forte. Ele falou que a gente era como irmão, a gente se cutucava, se zoava... Ele acabou ficando muito chateado com a minha saída, chorou, desabafou com a Aline. Eu levo ele no coração, ele foi o cara que mais me fez dar risada. Quando eu estava mal, a gente ia lá, zoava com o Ricardo, e ficávamos nós três ali brincando um com o outro. O ‘Sapato’ foi um cara que me ajudou bastante também. Não posso deixar de falar dele, me deu muitos conselhos. Essas três pessoas para mim foram essenciais no game, cada um com seu ponto: o Bruno na descontração; o Sapato, quando eu estava com a cabeça quente, me botava no chão de novo; e o Alface com o vínculo muito forte que a gente criou antes e durante o game. A Paula dispensa comentários. A gente se conhece desde a Casa de Vidro. Ela sempre usou a frase: “Eu vou até onde o meu braço alcança”; isso para mim era suficiente. Ela poderia ter me deixado de lado, mas, muito pelo contrário, cuidou de mim, me ajudou. Nem preciso falar muito porque ela é a minha primeira pessoa em todo tipo de ranking.
Aconteceu um equívoco da minha parte de falar coisas indevidas, que nem no programa, nem aqui fora, e em lugar nenhum se deve falar, nem de brincadeira, como o Tadeu falou e eu concordo. Quem está de fora não entende que lá as emoções são muito intensas. A gente cria um vínculo muito forte, tanto de amizade, como de relacionamento. E acho que acabou extrapolando. Foi um grande erro da minha parte, uma das maiores vergonhas que eu já passei na minha vida, o arrependimento nem se fala. Mas a Bruna foi a primeira pessoa que podia ter me deixado de lado e ela fez o contrário: queria ver o meu lado bom e conseguiu enxergar isso. Ela foi essencial para eu não cair na pressão e querer, por exemplo, apertar o botão de desistência.
A Paula sempre esteve com uma postura mais cativante por ser uma pessoa que não tem medo de falar, bate de frente com qualquer pessoa. Se você falar mal dela, ela vai entender e contra-argumentar. Só que uma pessoa que me surpreendeu [positivamente] foi o Cara de Sapato, que eu acho muito forte no jogo, cabeça fria. Ele já passou por várias coisas na vida, então consegue se adaptar às adversidades que o game propõe. Eu acho que ele vai muito longe, por mais que seja um cara muito coração e talvez isso o atrapalhe as tomadas de decisão mais racionais. Mas, até onde presenciei, ele estava conseguindo lidar com essa questão e identificar manipulações, ver malícia.
Eu acho que as pessoas que permanecem têm que tomar cuidado porque, cada vez mais, o jogo vai levar esses grupos a subgrupos. Eu acho que eles vão se subdividir porque, a cada tomada de decisão em grupo, dá para ver quem têm ideias parecidas e diferentes. Quem decidir jogar sozinho ou em menos pessoas tem que ficar esperto; querendo ou não, vira um alvo, como eu virei. Desde o primeiro momento eu deixei bem claro que queria ganhar e faria de tudo para isso, independentemente se fosse a Paula, o Guimê ou o Sapato ao meu lado. Eu até dei um toque para o Guimê ter cuidado porque ele já era um alvo. E, por ter uma linha de raciocínio parecida, pode ser que se torne mais ainda, tomando o lugar em que eu estava. Acho que esse é o maior problema.
Eu senti falta principalmente da minha família e de ter um despertador mais baixo (risos).
O meu maior aprendizado foi perceber que talvez eu não me conhecesse 100% antes de entrar no programa. Nunca tive medo de ser cancelado porque nunca foi uma vontade minha ter fama, mas é bom se conhecer antes de entrar e saber que eu podia ter falado uma besteira dessa sem saber. Na minha cabeça, até o Tadeu falar, eu não havia me tocado. O meu maior aprendizado foi olhar para dentro de mim mesmo, ver o que eu posso melhorar e levar isso para a vida.
Quero ficar com a minha família. Não penso em festa nem nada, só quero ficar um pouco com a minha mãe, com as minhas irmãs, com o meu pai, com meus gatos. Quero dormir na minha cama, comer da minha comida e, depois, eu vejo o que eu faço. Mas a carreira de modelo nunca saiu da minha cabeça.
A Paula, é lógico. Ela veio de longe para participar do BBB, então ela merece muito esse prêmio e tem condições de chegar lá. Se não for ela, eu não sei. Ainda está muito cedo para dizer.
*Com informações da assessoria de imprensa da Rede Globo.
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