"Nunca precisei de dinheiro de ninguém para me manter", revela Mileide Mihaile

A artista relembra o início de sua trajetória, quando era dançarina de bandas de forró, conta sobre a sua paixão pela moda e que nunca dependeu financeiramente de ninguém

Vitória
Publicado em 08/01/2022 às 09h00
Mileide Mihaile

Mileide Mihaile contou que desde a época que era dançarina já era financeiramente independente. Crédito: Whagner Duarte/ Divulgação

Mileide Mihaile tem algumas paixões em sua vida. A dança, o forró e a moda são algumas delas. E foram elas que a transformaram em uma artista conhecida nacionalmente. Natural de Imperatriz, no Maranhão, ela sempre quis morar no Ceará. "Quando fiz 16 anos eu segui meu sonho e parti para Fortaleza para ser dançarina de bandas de forró. Moro lá até hoje e sinto como se fosse meu lar. Sou muito grata por tudo que essa terra me proporcionou", conta. 

Mileide começou na dança aos 16 anos. A morena performou ao lado de grandes nomes da música, como Aviões do Forró, participou de turnês e se tornou influenciadora e empresária. "Logo me peguei no universo digital, compartilhando minha vida, como um passatempo", diz ela, que tem, só no Instagram, mais de 5 milhões de seguidores.

EM PAZ

Na entrevista, Mileide não quis falar sobre o seu ex-marido, o cantor Wesley Safadão. Mas, recentemente, eles voltaram a ser assunto na imprensa. E ela descartou a possibilidade de uma reconciliação com o cantor e ainda disse que seria uma bênção se os fãs parassem de torcer pelo ex-casal.

Tudo ocorreu quando, respondendo perguntas dos seus fãs, uma seguidora quis saber se existia a possibilidade de uma reconciliação com o ex: “Sabe quando será a maior bênção da minha vida? Quando vocês, entendessem, de uma vez por todas, que nós não cogitamos essa possibilidade”, respondeu.

Ela explicou os motivos da impossibilidade de uma volta dos dois como casal. “Nós estamos muito bem, nas nossas vidas, nas nossas escolhas e felizes. Estamos em paz e é só isso que a gente precisa. Então gente, não existe isso. Esqueçam”, completou.

Neste bate-papo, a maranhense relembra o início de sua trajetória, quando era dançarina de bandas de forró, revela a sua paixão pela moda e conta que nunca dependeu de ninguém para se manter financeiramente. "Desde dançarina, eu já era financeiramente independente. Nunca precisei de dinheiro de ninguém para me manter". Confira os melhores trechos. 

Você começou a trabalhar como dançarina de bandas de forró... Imaginava que chegaria onde chegou?

Desde pequena, meu sonho era ser dançarina de bandas de forró. Então, eu imaginava, sim! Eu foquei que a dança era o meu futuro e trabalhei bastante para conquistar meu espaço. Performei ao lado de grandes nomes da música, como Aviões do Forró, e me sentia nas nuvens toda vez que subia no palco. Eu me realizava.

Quais foram os momentos mais difíceis da trajetória?

Foram muitos. Não importa quem você seja, sair de uma situação humilde e fazer seu nome, seguir seu sonho, construir uma carreira do zero... é muito difícil. Quando se é mulher, multiplica essas dificuldades. Quando se torna mãe, a conta quase não fecha. Eu precisei sair cedo de casa para ir trabalhar em outro estado. Passei milhares de horas com os pés ardendo e até sangrando de tanto dançar de salto alto. Precisei ir madrugada adentro trabalhando pois, quando meu filho estivesse acordado, meu tempo era só dele. Mas tudo valeu a pena. Tenho muito orgulho do caminho que percorri e da estrada que sigo trilhando.

Como a dançarina de forró se torna uma influenciadora digital?

Foi tudo muito natural. As redes sociais se popularizaram muito rápido na vida do brasileiro. Inclusive, existem pesquisas que provam que o Brasil é um dos países mais influenciados pelas redes sociais e seus criadores de conteúdo. E eu, como uma boa brasileira, logo me peguei no universo digital, compartilhando minha vida, como um passatempo mesmo. E as pessoas, principalmente mulheres, se identificavam muito com a minha história e estilo de vida, com os meus sonhos, medos e virtudes. Além de curtir bastante minhas dicas de lifestyle. Eu tinha dado uma pausa na dança para me dedicar a família então abriu uma lacuna de tempo, espaço e mercado para eu prosperar no universo digital.

Foi sendo influenciadora que você conquistou a independência financeira?

Não. Desde dançarina, eu já era financeiramente independente. Nunca precisei de dinheiro de ninguém para me manter. Mas, como influenciadora, minha situação melhorou. Portas se abriram no empreendedorismo também e eu pude prosperar economicamente.

Você sempre foi antenada nas tendências do universo fashion?

Desde pequena eu sempre fui muito perua. Gostava de me vestir diferente, ousar nas cores, texturas e estampas. Eu olhava para as artistas que apareciam na TV e o estilo delas me encantava. Antigamente, eu ia na cara e coragem mesmo para escolher o look. Mas, com o tempo, eu fui percebendo que sempre há espaço para crescer e se aprimorar. Fui pegando gosto em aprender sobre moda

Tive a oportunidade de assistir a Paris Fashion Week e aquilo foi um divisor de águas no meu estilo

Quais são suas marcas de roupas preferidas?

Eu amo as grifes como Versace, Prada, Gucci e Dolce & Gabbana. Mas elas não fizeram parte do meu crescimento diretamente. A moda nordestina é muito característica, sempre muito puxada para as nossas raízes. Então, eu tenho muito apreço por marcas nacionais, como Lança Perfume, Kylie Co., Dy Vianna e Israel Valentim.

Você é dona de uma multimarcas em Fortaleza e idealizadora do "Bazar Mulher". Qual a proposta do bazar?

Inicialmente, o bazar se intitulava Bazar da Mila, mas eu mudei de nome justamente para ele ser mais abrangente e poder crescer, atingir novos voos. A proposta do Bazar Mulher é funcionar como uma ferramenta filantrópica que impulsione o empreendimento feminino na área de Fortaleza, tudo atrelado com cunho social e cultural. É um evento onde a renda arrecadada pelas vendas é convertida para instituições de caridade selecionadas, enquanto palestras, workshops e apresentações artísticas celebram o melhor de conteúdo que o nordeste pode oferecer para aqueles que visitam o bazar. Não é apenas doar por doar, é crescer e prosperar. Instruir mulheres.

Você foi uma das favoritas em um reality show em 2021. Qual balanço você faz da participação no programa?

Me sinto orgulhosa da participação. Criaram essa ideia de favorita, que me sinto muito lisonjeada pelo título, mas nunca acreditei. Sabia que nada estava ganho e, de fato, não estava. Quando fui eliminada, fiquei muito contente com tudo que cultivei no reality. Saí com o meu trabalho sendo reconhecido, pessoas abraçando minhas causas e oportunidades profissionais se abrindo. 

Teve medo de ser cancelada?

Eu sempre estive muito segura da mulher que sou, dos valores que me foram passados. Então eu sabia que, se defendesse minha índole, não teria motivo para ser cancelada. No entanto, o mundo em que vivemos é extremista. Nada é dosado, principalmente no digital. 

Meu medo era que, de alguma maneira, minha família sofresse com um cancelamento meu, que minhas ações reverberassem negativamente neles

Do que sentiu saudade durante o confinamento?

Do meu filho. Nunca fiquei tanto tempo afastada dele. Foram meses bem complicados. Meu coração chegava a doer de saudade do abraço dele. O problema não é nem a distância, é a falta de notícias. O não saber como ele está. Isso foi o mais difícil.

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