A cantora Pabllo Vittar foi envolvida em um processo que corre na 43ª Vara Cível da Comarca de São Paulo. O motivo seria um suposto caso de plágio em "Ama, Sofre, Chora", um dos singles de seu último, "Batidão Tropical", lançado em 2021.
Pabllo Vittar está sendo acusada de plágio. Crédito: Greg Salibian/Folhapress
O sucesso da faixa teria inspirado o cantor e compositor Herlomm Diosly dos Reis Silva, conhecido como Herlomm Grand, a entrar com um processo contra a artista maranhense. As informações são da jornalista Fábia Oliveira.
Herlomm alega que a canção é um plágio de sua composição, "Amar, Sofrer, Chorar", registrada em 2019 e com clipe postado em 2020 em seu canal no YouTube.
Segundo a documentação do caso, o músico alega ter identificado trechos da canção gravada por Vittar que correspondem ao "mesmo sentido da composição original, de sua autoria, não só no título e melodia, estes praticamente idênticos, como também no sentido literário."
Grand alega que ambas as canções se tratam de "amor não correspondido, onde uma pessoa ama outra que a ignora."
A equipe jurídica de Vittar se pronunciou na tarde desta quarta-feira (3), e, em comunicado enviado à reportagem, declarou que "trata-se de evidente acusação leviana, sem qualquer fundamento, a qual será devidamente contestada no momento oportuno."
O comunicado também diz que a cantora "examinou a gravação da obra alegadamente plagiada e verificou que não existe nenhuma hipótese de ocorrência de plágio, visto que as obras musicais são totalmente distintas, nada existindo que possa, minimamente, levar a essa conclusão."
"Neste sentido, este comunicado serve para esclarecer que a artista Pabllo Vittar não cometeu nenhum tipo de violação a direito autoral e não compactua com a apropriação indevida de qualquer espécie de propriedade intelectual." segue o comunicado, que diz ainda que a equipe jurídica tomou conhecimento do processo pela mídia digital.
PROCESSO
Além de Vittar, a gravadora Sony Music e os compositores Rodrigo Gorky, Pablo Bispo, Arthur Marques, Arthur Pampolin Gomes e Guilherme dos Santos Pereira também foram citados no processo, que pede que seja expedido um ofício ao ECAD (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) e a ABRAMUS (Associação Brasileira de Música e Artes) para que enviem um relatório de ganhos sobre "Ama, Sofre, Chora".
O compositor pede os royalties de execução em shows, programas de televisão e em reproduções de streaming, numa ação que pode chegar a R$ 1 milhão. É pedido ainda um valor de danos morais que ultrapassa o de danos materiais.
Procurada pela reportagem, a equipe de Herlomm Grand disse que produziria um comunicado, mas não o fez até o fechamento deste texto.
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