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Reality shows: ex-participantes faturam mais que o prêmio em até 6 meses

Carla Diaz, Gil do Vigor e mais ex-BBBs estão entre os nomes. André Martinelli diz que participação nos realities aumentou valor de suas publicidades

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Erik Oakes

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Publicado em 10 de novembro de 2021 às 18:30

Gil do Vigor, Camilla de Lucas e Carla Diaz participaram do BBB 21
Gil do Vigor, Camilla de Lucas e Carla Diaz participaram do BBB 21 Crédito: Montagem/Divulgação/Instagram/Globo

Criados como entretenimento, os programas que se dedicam a acompanhar a vida alheia, os reality shows,  transformam a vida dos participantes,  estampando seus rostos em sites e revistas mundo afora, catapultando pessoas comuns ao mundo das “celebridades”. A repercussão causada na vida das pessoas que participam do programa, pode influenciar no valor de mercado de seus trabalhos fora do experimento.

Isabela Soller, fundadora da empresa Soller Assessoria, explica que ex-participantes de realities como "Big Brother Brasil" e "A Fazenda" podem faturar o valor do prêmio, ou até mais, em publicidades, em um período de 6 meses. "Desde primeiro eliminado até segundo colocado", acrescenta a empresária, lembrando que cada reality paga R$ 1,5 milhão e dizendo que tudo vai depender do comportamento do ex-confinado após sua saída..

Carla Diaz, Gil do Vigor, Camilla de Lucas e Viih Tube são alguns exemplos de participantes que não venceram o "BBB", mas já faturaram  em publicidade muito mais que o prêmio prometido pela produção. “Consegui ultrapassar esse valor do programa. Estou muito feliz. Realmente, o BBB mudou a minha vida nesse sentido”, disse Carla ao Extra.

Camilla faturou em ainda menos tempo. "Já fiz o meu prêmio do 'BBB' aqui trabalhando, com alguns contratos. Depois que saí acabei recebendo muitas propostas (...) Felizmente, em menos de um mês do programa, consegui fazer além do valor do prêmio".

André Martinelli acredita que sua participação em dois realities agregou à sua carreira, aumentando a procura por seus trabalhos, e consequentemente o valor da publicidade. O capixaba marcou presença no BBB 13 e No Limite 2021.

“A publicidade em 2013, quando participei do Big Brother Brasil, tinha muito a parte presencial em eventos e algumas campanhas. Já após o No Limite, em 2021, a procura aumentou sim, até porque eu já trabalhava muito nessa área de esporte, o programa agregou no momento de carreira que eu estava vivendo”, relata André.

André Martinelli participou do No Limite 2021, na Globo
André Martinelli participou do No Limite 2021, na Globo Crédito: Globo/Reprodução

Ele ressalta que a maior diferença entre as épocas dos dois realities que participou - 2013 e 2021 - foi o surgimento da frente digital no relacionamento e publicidade dos participantes. “O Instagram se tornou uma ferramenta com muita audiência, assim como a página do Facebook, abrindo assim, mais uma forma do público se conectar com o artista. Hoje todos nós somos influenciadores, pequenos ou grandes, e naquele círculo podemos inspirar alguém”, explica.

INTIMIDADE COM O PÚBLICO É NECESSÁRIA PARA SE MANTER EM ALTA

Isabela explica que o fascínio pelos participantes de realities - e pelos produtos que usam - se deve ao fato de os espectadores estarem conectados o tempo inteiro com a vida e as intimidades dessas pessoas dentro do programa.

“Reality show nada mais é que um grande story de 24 horas. Na vida real, a gente pega o celular quando a gente quer em momentos específicos e no reality-show é o tempo inteiro. As pessoas querem saber das intimidades, da vida, de como ela se relaciona, o que faria em determinada situação... No reality você conhece os participantes de forma íntima, então as marcas serão ativadas pois as pessoas estão conectadas com aquelas pessoas por a conhecerem a fundo”, diz.

Isabela ressalta que, para que a visibilidade do participante se perpetue e conquiste fama fora do programa, é importante que este desenvolva essa relação de intimidade com o público.

"Durante o reality, essa relação não depende muito dos participantes, a câmera está ligada e vai acontecer de qualquer forma. Aqui, eles precisam evoluir, saber se comunicar em nome de uma marca e produto, por isso alguns prosperam muito bem e outros têm vida curta no mercado digital"

Ao longo do tempo, é normal que a procura por determinados participantes caia um pouco, pois, há sempre uma taxa que trabalha bastante, e acaba sendo mais lembrado; e outros que trabalham menos. Então, o essencial para driblar esses pontos baixos e manter o valor da publicidade é realmente estar ativo, se manter empenhado nas redes sociais, produzir conteúdo e criar relacionamentos propícios à carreira.

“Ser influenciador, influenciar pessoas, ter essa rotina de trabalho, precisa ter um pouco de dom. A pessoa precisa ser comunicativa ou então ter uma veia artística, ter um desejo para falar sobre determinado assunto, ou goste de fazer coisas bonitas. Enfim, precisa de empenho para suas redes sociais; assim como, manter-se ativa, comercialmente falando”, conta Isabella.

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