A cantora e compositora Rita Lee no lançamento de sua 1ª autobiografia, em 2016. Crédito: Código19/Folhapress
Após a morte da cantora Rita Lee, na noite desta segunda (8), um trecho da biografia "Rita Lee: Uma autobiografia", lançada em 2016, começou a circular nas redes sociais. No capítulo que viralizou pela internet, nesta terça (9), a artista escreve o que deseja em seu epitáfio, ou seja, o que queria que estivesse escrito em sua lápide: "Ela nunca foi um bom exemplo, mas era gente boa".
No mesmo trecho, intitulado 'Profecia', a cantora ainda "prevê" como seria a repercussão de sua morte. No melhor estilo Rita Lee, ela escreve como a TV, as rádios e os fãs reagiriam no dia de sua partida. Confira o capítulo na íntegra:
"Quando eu morrer, posso imaginar as palavras de carinho de quem me detesta. Algumas rádios tocarão minhas músicas sem cobrar jabá, colegas dirão que farei falta no mundo da música, quem sabe até deem meu nome para uma rua sem saída. Os fãs, esses sinceros, empunharão capas os meus discos e entoarão "Ovelha Negra", as tvs já devem ter na manga um resumo da minha trajetória para exibir no telejornal do dia e uma notinha no obituário de algumas revistas há de sair. Nas redes virtuais, alguns dirão: 'Ué, pensei que a véia já tivesse morrido, kkk'. Nenhum político se atreverá a comparecer ao meu velório, uma vez que nunca compareci ao palanque de nenhum deles e me levantaria do caixão para vaiá-los. Enquanto isso, estarei eu de alma presente no céu tocando minha autoharp e cantando para Deus: 'Thank you Lord, finally sedated".
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