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Publicado em 22 de dezembro de 2024 às 17:52
A TV Tribuna deu detalhes neste domingo (22) da nova programação que vai exibir a partir do dia 1º de janeiro de 2025, quando passará a ser afiliada da Band no Espírito Santo. Mesmo com a alteração, o canal continua sendo o 7.1.
A mudança faz parte de uma "dança das cadeiras" entre as emissoras no Estado, conforme já antecipado por A Gazeta no dia 10 de dezembro. Uma reunião no dia anterior havia selado o destino dos canais, definindo a TV Tribuna como a nova retransmissora da Band. Já a Rede Sim e a TV Capixaba unem forças e passam a cuidar da programação do SBT e da Record News, das rádios Band News FM, Espírito Santo 90.1, Massa FM 91.9 e dos portais ES360 e Sim Notícias.
Com a retransmissão da Band, a TV Tribuna passa a contar com programas nacionais como o Brasil Urgente, apresentado por Joel Datena; o Jornal da Band e programas de variedades como Melhor da Tarde, com Cátia Fonseca, e Melhor da Noite, comandado por Zeca Camargo e Glenda Kozlowski.
A emissora terá ainda programação esportiva, como os programas Jogo Aberto e Apito Final, e a nova temporada da Fórmula 1.
A TV Tribuna também anunciou novidades na programação local. O jornalista Douglas Camargo vai apresentar o Brasil Urgente ES. O telejornal é uma extensão local do programa da Band. Já a jornalista Bruna Maria passa a apresentar o novo programa matutino, o Tribuna Manhã, que vai abordar assuntos como saúde, educação financeira, economia doméstica, cultura, entretenimento e culinária.
George Bitti e Douglas Camargo apresentam o Tribuna Notícias Primeira Edição (TN1) e a jornalista Isabela Vidal comanda o TN2. A emissora também divulgou que, aos sábados, terá um programa especial que vai mostrar as reportagens produzidas pelos telejornais e contará com uma entrevista especial. Aos finais de semana a TV Tribuna contará com programas temáticos sobre o agronegócio, turismo, eventos e gastronomia.
O acordo entre as emissoras deve estancar o vaivém de ações judiciais que tentavam redefinir a emissora afiliada do SBT no Espírito Santo desde o primeiro semestre de 2023 e dar andamento aos movimentos empresariais de cada grupo.
Até então, isso envolvia a TV Tribuna — a atual afiliada do SBT — e a Rede Sim, a candidata a ocupar o lugar da empresa que já havia até assinado contrato, segundo o SBT. Posteriormente, a TV Capixaba surgiu no cenário de negociações.
A TV Tribuna do Espírito Santo continua afiliada do SBT por ordem da Justiça de Pernambuco — sede do Grupo João Santos, controlador da emissora — que obrigou o SBT a manter o vínculo após ter acolhido as argumentações da emissora de que havia feito investimentos na operação. Antes de ouvir os argumentos, a Justiça havia determinado o rompimento do contrato.
Em maio de 2023, a coluna Abdo Filho revelou que a rede havia rompido o contrato de mais de 40 anos com a TV Tribuna e que estava a procura de uma nova afiliada no Estado para início das operações em 1º de julho daquele ano. A TV Tribuna recorreu à Justiça, que concordou com a tese da emissora do grupo pernambucano e manteve a afiliação.
Em Pernambuco, a TV Tribuna foi inaugurada em 1991 sendo afiliada da Band até 1998, quando mudou para a Record. Em 2012, retornou para a Band, com a qual permanece até os dias de hoje, numa relação de quase 20 anos de afiliação.
A falta de sintonia entre a afiliada no Espírito Santo e o SBT nos últimos tempos mobilizou a Rede Tribuna, em Recife, a iniciar conversas com a Band sobre as possibilidades no mercado capixaba, convergindo com os interesses da Rede Sim e da TV Capixaba para uma possível negociação.
O Grupo João Santos, controlador da Rede Tribuna e de outros negócios como o cimento Nassau, enfrenta uma grave crise econômica há alguns anos, levando a companhia à recuperação judicial. Recentemente, o conglomerado de empresas obteve uma vitória importante nesse processo, quando a maioria dos credores aprovou o plano de Recuperação Judicial, com valores que superam R$ 475 milhões em pagamentos a 25 mil pessoas somente com questões trabalhistas.
O acordo ainda precisa ser homologado pelo juiz do processo. Antes, o grupo já havia firmado um acordo de transação tributária – o maior da história – com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). Ao todo, as dívidas gerais a serem regularizadas são da ordem de R$ 11 bilhões.
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