Vizinha de Jeffrey Dahmer revela detalhes sobre um dos casos do serial killer

"Estava me perguntando se poderia ser hipnotizada para bloquear essa parte da minha vida", diz Cola Styles, sobrinha de Glenda Cleveland, em recente entrevista

Publicado em 11/10/2022 às 14h27
Foto de Jeffrey Dahmer em 1982, preso por atentato ao pudor: série da Netflix conta os crimes do Canibal de Wisconsin

Foto de Jeffrey Dahmer em 1982, preso por atentato ao pudor: série da Netflix conta os crimes do Canibal de Wisconsin. Crédito: Acervo do Departamento de Polícia de Milwaukee

Com o sucesso da série "Dahmer: Um Canibal Americano", inspirado nos crimes do serial killer Jeffrey Dahmer, lançado pela Netflix no final de setembro, o caso voltou à tona com força total.

Cola Styles, sobrinha da vizinha do criminoso, Glenda Cleveland, que frequentava a casa da tia e estava junto dela quando o jovem Konerak Sinthasomphone, de 14 anos, fugiu da casa de Dahmer ensanguentado e nu, tendo sido devolvido ao assassino que contou aos policiais que eles eram amantes e que Konerak tinha 19 anos, deu entrevista ao "Spectrum News 1", de Milwaukee.

Ela confessou que não conseguiu assistir aos inúmeros filmes, programas, especiais e documentários que surgiram sobre o caso, inclusive a nova produção da Netflix. Na verdade, Cola disse que gostaria de poder apagar a experiência da memória. “Estava me perguntando se poderia ser hipnotizada para bloquear essa parte da minha vida. Eu realmente não queria pensar sobre isso”, falou.

Na época, aos 17 anos, quando foi visitar Glenda, se deparou com o Sinthasomphone atordoado do lado de fora do apartamento em Milwaukee. A tia ligou para a polícia e estava confortando o menino quando ela foi abordada por Dahmer. O assassino primeiro tentou brincar com ela e seu primo, para fazê-los liberar Sinthasomphone para ele. Mas depois ele ficou agressivo, quando eles não compraram sua fala.

“Quando eu disse a ele que discamos 911, ele brincou que ‘Jim’ tinha se afastado dele por estar bêbado. Mas então o nome continuou mudando de Jim. E, quando ele viu que eu não estava acreditando, vi um traço de maldade. E então ele estava lidando com o garoto de maneira rude, tentando levá-lo embora. Houve muitos puxões e torções no braço dele. Ele estava sendo muito agressivo”, relembrou.

“Eu simplesmente não conseguia entender por que ele estava me dando tanto trabalho sabendo que a ajuda estava a caminho. Eu simplesmente não tinha um bom pressentimento”, emendou.

ASSASSINO SEM PIEDADE

Entre 1978 e 1991, o serial killer Jeffrey Dahmer matou 17 homens e garotos, os drogando e estuprando, antes de serem mortos e terem seus corpos desmembrados.

Ele foi preso em 1991, e uma das peças chaves para que isso ocorresse foram as ligações de Glenda Cleveland, vizinha de Dahmer, que na série da Netflix é interpretada pela atriz Niecy Nash.

No caso de Konerak Sinthasomphone, apesar dos apelos de Cola Styles e de Glenda para que a polícia percebesse que o jovem estava em grave perigo, eles o liberaram aos cuidados de Dhamer. Após sua prisão, ele acabou confessando que matou e desmembrou o garoto logo após a polícia tê-lo entregado a ele, e que, inclusive, havia um corpo de outro homem em seu quarto que não foi devidamente investigado na noite. Dahmer cometeu mais quatro assassinatos após a noite em que matou Sinthasomphone, até ser detido.

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