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Publicado em 18 de fevereiro de 2022 às 10:51
Após defender o direito de haver um partido nazista no Brasil e ser desligado do podcast Flow, o podcaster Bruno Aiub, 31, mais conhecido como Monark, disse que o YouTube Brasil o proibiu de criar um novo canal e que "pessoas poderosas" querem destruí-lo. A plataforma também suspendeu a monetização do canal que ele já possui na plataforma.
"Estou sofrendo perseguição política. Eles me proibiram de criar um novo canal para poder continuar minha vida, pessoas poderosas querem me destruir. Liberdade de expressão morreu", escreveu no Twitter.
Acompanhado do tuíte, ele publicou a mensagem que recebeu do YouTube, em que a plataforma afirma que é "muito importante que os criadores de conteúdo usem sua influência com responsabilidade -dentro e fora da plataforma".
"Desta forma, preocupam-nos as recentes declarações relacionadas ao nazismo em um dos seus canais, que podem causar danos significativos à comunidade e que, além disso, violam nossas políticas de Responsabilidade do Criador de Conteúdo", diz o texto do YouTube. Procurada, a plataforma não se manifestou até a conclusão deste texto.
Em vídeo, Monark pede a ajuda dos internautas. Ele afirma que seus comentários sobre o nazismo foram "infelizes sim, mas de maneira alguma foram mal-intencionados ou defenderam ideologia extremista". "Eu sofri as consequências, sai do Flow, perdi o meu programa, eu pedi desculpas várias vezes, mas não acabam as retaliações", diz.
Monark afirma ainda que errou, mas as consequências "estão muito fora de proporção". "Eu preciso da ajuda de vocês, porque isso não é justo [...] Estão literalmente tentando acabar e aniquilar com a minha vida. É isso que é justo? É isso que vocês acham justo?"
No dia 7 de fevereiro, Monark recebia os deputados federais Kim Kataguiri (Podemos) e Tabata Amaral (PSB) no Flow Podcast quando afirmou que "a esquerda radical tem muito mais espaço do que a direita radical". "As duas tinham que ter espaço, na minha opinião. Eu acho que o nazista tinha que ter o partido nazista reconhecido pela lei", afirmou.
No dia seguinte, após a repercussão negativa e perda de patrocinadores, ele foi desligado do Flow Podcast. Os Estúdios Flow também divulgaram nota pedindo desculpas, em "especial à comunidade judaica", e informando sobre a retirada do ar do episódio.
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