Administrador / [email protected]
Publicado em 28 de março de 2024 às 14:26
Zélia Duncan e Rita Lee dão voz à famosa música "Pagu", gravada em 2000, mas a parceria não durou durante todo o tempo em que as duas conviveram no cenário musical. A cantora falou sobre o rompimento com a rainha do rock, que morreu em 2023, após entrar para a banda Mutantes, em 2006.
Em entrevista a Tati Bernardi no podcast Desculpa Alguma Coisa, Zélia Duncan relembrou o convite para participar dos Mutantes, feito por Sergio Dias, guitarrista da banda, e por Arnaldo Baptista. A cantora contou que antes de aceitar o convite, consultou a amiga Rita Lee, que havia sido expulsa da banda ainda nos anos 70.
"Jamais desejei cantar nos Mutantes. Não sou louca. Olha a minha voz, olha a voz da Rita, uma grave, outra aguda. Ele (o Sérgio) me convidou para cantar com a banda em Los Angeles, Nova York e São Francisco. Fiquei desesperada. Convidaram a Rita, ela não quis. E estavam procurando uma cantora", disse Zélia.
A cantora disse que Rita concordou com a sua entrada no grupo: "Peguei o telefone, ela atendeu, e eu disse: 'Rita, recebi esse convite, mas quero saber como é para você. Porque se for estranho para você, realmente eu não vou'. Ela esperou uns três segundo e falou essas palavras: 'Vai, você vai se divertir com os manos". Contudo, o clima de amizade não perdurou: "Ela falou 'vai', e eu fui. Alguns meses depois, ela foi sumindo, sumindo, e sumiu de mim. Parou. Tentei, até um certo ponto, óbvio que respeitei".
Zélia lamentou o rompimento da amizade e relembrou a gravação de "Pagu", música que muito a orgulha. "Cantei com a Rita várias vezes em shows dela, e para mim, era uma imensa honra. E a gente se falava, passamos um monte de coisas legais. Eu conheci a Rita quando gravei o 'Lá vou eu'. Quando teve o Prêmio da Música Brasileira, ela era homenageada, e ela me chamou para cantar". "E a Rita foi o meu primeiro ídolo. Com 12 anos, pedi para a minha mãe o primeiro vinil, que era 'Fruto proibido'", desabafou.
Zélia falou sobre como se sentiu na época: "Doeu. Doeu. Dói, dói até hoje. A vida se impõe, e eu vou prestar homenagem para a Rita até eu morrer". "Sou muito tranquila em relação ao que eu podia fazer. Acho que fui amiga dela até quando ela permitiu", disse.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta