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Publicado em 13 de dezembro de 2023 às 15:59
Segundo dados deste ano da Organização Mundial da Saúde (OMS), o consumo médio anual de álcool é de 6,4 litros por pessoa. O Brasil apresenta um número acima da média internacional, com consumo de 8 litros por pessoa a cada ano. Ainda segundo estimativas, a época de fim de ano e as comemorações podem elevar essa média de consumo. O alerta do farmacêutico homeopata Jamar Tejada é referente à interação das bebidas alcoólicas com variados tipos de medicamentos.
“Álcool e medicamentos são metabolizados, biotransformados no fígado, e utilizam as mesmas enzimas nessa metabolização. Por isso, além de sobrecarregar e debilitar o órgão, o efeito da medicação é reduzido ou até anulado. O mesmo ainda acontece com a eliminação pela urina, em bebidas como a cerveja, por exemplo, que têm efeito diurético e podem acelerar a excreção de substâncias que deveriam permanecer mais tempo no organismo para surtir o efeito desejado”, fala o farmacêutico.
Jamar Tejada alerta que a ingestão de álcool em excesso, combinada com alguns medicamentos, pode colocar a saúde em risco. “As intervenções negativas variam entre as medicações, mas, em geral, aumentam os efeitos colaterais que podem causar sonolência, tonturas, náuseas, vômitos, dor de cabeça, redução da coordenação motora, aumento do risco de danos hepáticos, da pressão arterial e do ritmo cardíaco, além de diminuírem a adesão ao tratamento prescrito, o que pode resultar na diminuição da eficácia do medicamento”, explica o especialista.
E se engana quem pensa que só as medicações controladas ou as consideradas “mais fortes” passam pelas intervenções. “Até os remédios mais comumente ingeridos também têm seu efeito à prova quando são consumidos com bebida alcoólica”, fala Jamar Tejada.
A seguir, o farmacêutico homeopata Jamar Tejada lista quais medicamentos podem ser perigosos ao misturar com álcool. Veja
Podem aumentar o risco de hepatite medicamentosa e causar grave inflamação no fígado .
Podem potencializar o efeito da bebida alcoólica.
Eleva o risco de sangramentos no estômago, já que a mistura irrita a mucosa estomacal.
Pode causar dor de cabeça, náusea , palpitação, hipotensão, dificuldade respiratória e até morte.
Aumentam risco de úlcera gástrica e sangramentos.
Pode aumentar a sedação e ter a eficácia da medicação diminuída.
Aumenta o efeito sedativo, o risco de coma e pode causar insuficiência respiratória.
Podem levar à tontura, vertigem, fraqueza, síncope e confusão mental.
Pode gerar hipoglicemia e inibir o metabolismo do etanol no organismo.
Causa risco de intoxicação e diminuição da eficácia contra as crises de epilepsia.
No contexto das festividades de fim de ano, em que o consumo de bebidas alcoólicas tende a aumentar, surge uma preocupação vital relacionada à saúde e ao uso de remédios. “Ler atentamente a bula e seguir as orientações médicas e farmacêuticas antes de misturar bebida alcoólica é o que vai garantir a eficácia e a segurança do medicamento e da saúde, de modo geral”, finaliza Jamar Tejada.
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