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Publicado em 17 de dezembro de 2021 às 13:33
Mais frequente tipo de câncer diagnosticado no Brasil, correspondente a cerca de 30% dos tumores malignos registrados, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de pele torna-se mais incidente com a chegada do verão. De acordo com o órgão, estimam-se mais de 85 mil casos novos entre homens e mais de 80 mil entre as mulheres por ano. Destes, 90% são provocados por exposição à radiação ultravioleta (UV) do sol.
O contato direto com raios nocivos aumenta em até 10 vezes o risco desse tipo de tumor. Por isso, é preciso redobrar os cuidados nos meses mais ensolarados do ano. E essa realidade também faz parte do cotidiano dos capixabas.
Segundo o Inca, o maior índice de casos no Espírito Santo é o câncer de pele não melanoma (o que ocorre principalmente nas áreas do corpo mais expostas ao sol, como rosto, pescoço e orelhas). São 3,6 mil casos, apenas em 2020.
Soma-se a isso, mais 80 casos de câncer de pele melanoma (que se origina nos melanócitos, células produtoras de melanina, a substância que determina a cor da pele, sendo mais frequentes em adultos brancos) no mesmo período. O total alcança o número de 3,76 mil registros.
Em tempo: o Espírito Santo possui características históricas que aumentam a incidência de casos da doença. É um Estado litorâneo com imigração europeia e com grande número de trabalhadores expostos ao sol na cadeia produtiva da agricultura.
Juliana Rocha, oncologista da Oncoclínicas ES, lembra que a melhor forma de combater o câncer de pele é a vigilância ativa para identificação de possíveis sinais de alerta e o foco na prevenção. "Os cuidados diários fazem toda diferença para evitar a doença. O uso de protetor deve ser parte da nossa rotina essencial. No verão, os cuidados devem ser redobrados", alerta a médica.
Embora o diagnóstico de melanoma normalmente traga medo e apreensão, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, as chances de cura são de mais de 90%, quando há detecção precoce da doença. Por isso, é preciso ficar atento aos sinais.
Entre os sintomas do câncer de pele não melanoma, estão a presença de lesões cutâneas com crescimento rápido, feridas que não cicatrizam e que podem estar associadas a sangramento, coceira e, algumas vezes, dor. "Esses sinais geralmente surgem em partes do corpo que costumam ficar mais expostas ao sol, tais como rosto, pescoço e braços", destaca Juliana Rocha.
Os indícios do câncer de pele do tipo melanoma – cuja incidência representa apenas 3% dos casos dos tumores de pele, mas com um grau elevado de agressividade, o que eleva suas chances de letalidade – costuma se manifestar através de pintas escuras que apresentam modificações ao longo do tempo.
"Quando descoberta em fase inicial, a indicação é que seja realizada a ressecção cirúrgica das lesões por especialista habilitado para adequada abordagem das margens ao redor do tumor", afirma a oncologista.
Confira cinco atitudes que fazem diferença na prevenção ao câncer de pele:
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