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Publicado em 14 de junho de 2022 às 09:00
Nessa época do ano, a preocupação com as doenças respiratórios aumenta. E não é por acaso. É comum a baixa umidade do ar, as alterações bruscas de temperatura e o aumento da poluição atmosférica pela menor dispersão dos poluentes no ar. Por isso, é fundamental proteger as crianças das doenças respiratórias.
Doenças respiratórias são aquelas que acometem, desde o início do trato respiratório (nariz) - como a rinite - passando por toda a via aérea, passando pela faringe, laringe, traqueia, até chegar ao pulmão. "As doenças respiratórias são mais comuns nessa época do ano, porque a chegada do frio faz com que as pessoas deixem os ambientes fechados, impedindo a circulação do ar, facilitando a programação dos vírus", explica a pediatra Patrícia Rezende, do Grupo Prontobaby.
É comum que bebês e crianças possam enfrentar esses problemas como resfriados e gripes, sinusite, rinite alérgica, otite, pneumonia, asma, entre outras, justamente por não terem o sistema imunológico bem desenvolvido. "Além disso, crianças pequenas, principalmente abaixo de 5 anos, que não possuem o sistema imune bem desenvolvido, sofrem mais com isso. Quando é a primeira vez em que se entra em contato com o vírus, o organismo ainda não conhece, logo, precisa trabalhar mais para produzir resposta a este vírus. Quando entra em contato outras vezes, a resposta imune é mais rápida e o quadro não fica tão exacerbado", diz a médica.
A pediatra neonatologista Jordana Campostrini Coelho conta que o clima frio e seco tende a deixar as mucosas do sistema respiratório mais irritadas. A médica conta que os principais sintomas das doenças respiratórias são a tosse, a secreção e a obstrução nasal, o mal-estar, além de dores no corpo, na cabeça e na garganta. Em alguns casos, pode até ter diarreia e vômitos, e a febre pode estar presente ou não.
"As doenças respiratórias podem ir de um simples resfriado a uma pneumonia. Por isso, é preciso saber reconhecer os sinais de alarme que levam a um cansaço importante e falta de ar. Se a criança estiver resfriada ou gripada, com ou sem febre, mas apresentando esses sintomas, é preciso levá-la imediatamente ao pronto-socorro", alerta.
Patrícia Rezende conta que as doenças respiratórias podem produzir diferentes sintomas, dependendo da localização. "Por exemplo, uma criança com faringite terá rouquidão, outra com pneumonia terá aumento da frequência respiratória, enquanto a com sinusite terá uma tosse que tende a piorar durante a noite".
Para tratar, é preciso conhecer os sintomas, o tempo de evolução de cada doença e saber que não existe um tratamento específico que englobe todas elas. "Das infecções respiratórias mais comuns da infância, o tempo médio de resolução é de 10 dias, podendo chegar a 15 dias no resfriado e até 25 dias na tosse aguda e síndrome gripal. Sabendo isso, fazendo uma boa prevenção e reconhecendo os sinais de alarme, podemos evitar as idas frequentes à urgência, prescrição inadequada de antibióticos além do estresse gerado nas famílias", diz Jordana Campostrini Coelho.
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