5 hábitos que você precisa adotar para evitar um AVC

A doença pode ocorrer em qualquer faixa etária, inclusive em crianças. Porém, é mais comum a partir dos 50 anos e a incidência tende a dobrar a cada década a partir dessa idade

AVC: mulher com dor na cabeça

A dor de cabeça intensa ou fora do habitual é um dos sintomas do AVC. Crédito: Shutterstock

O acidente vascular cerebral (AVC) é o entupimento ou rompimento dos vasos que levam sangue ao cérebro, provocando a paralisia da região afetada no cérebro. Dados da Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares (SBDCV) mostram que uma em cada quatro pessoas de sua convivência vai ter um AVC.

“A cada seis segundos alguém sofre um AVC no mundo. São 80 milhões de sobreviventes, população maior que a da França. E 80% dos AVC's poderiam ser evitados com medidas simples, como dieta balanceada, controle da hipertensão arterial e atividade física”, explica o neurologista Igor Pagiola, neurointercencionista do Hospital Estadual Central. 

O neurologista Paulo Nakano, da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, explica que os AVCs são divididos em isquêmico e hemorrágico. O primeiro é caracterizado pela obstrução arterial, que leva a interrupção do suprimento sanguíneo e consequente o bloqueio na entrega de oxigênio e nutrientes. "O AVC hemorrágico é representado pela ruptura da artéria e, além da diminuição do fluxo sanguíneo, ocorre também um aumento de pressão local, levando ao sofrimento dos neurônios ao redor". Adotar hábitos no dia a dia ajudam a evitar a doença.

5 hábitos que você precisa adotar para evitar um AVC

  • Evite o sedentarismo: a prática regular de exercícios físicos reduz os riscos de AVC e atua na prevenção de outros problemas de saúde, como diabetes e ansiedade. "O sedentarismo pode levar a hipertensão arterial, o colesterol alto e a obesidade. Os adultos devem fazer duas horas e meia de atividade física moderada ou 75 minutos de atividade física vigorosa por semana. As crianças devem ter 60 minutos todos os dias, incluindo brincadeiras e atividades estruturadas", conta Igor Pagiola.

  • Alimentação adequada: as vantagens de ter uma dieta saudável são inúmeras, evitando doenças e nutrindo o organismo com vitaminas, minerais e proteínas. É recomendado ter o controle dos exageros, com baixo consumo de sal, açúcar e alimentos gordurosos.

  • Não fumar: a interrupção de determinados vícios, como etilismo e tabagismo, levarão ao menor grau de doenças das artérias e consequente a diminuição de um AVC.

  • Controlar a pressão arterial: a pressão alta ou hipertensão é uma das principais causas de acidente vascular cerebral e o fator de risco controlável mais significativo. Ela ataca os vasos sanguíneos e pode comprometer o funcionamento de vários órgãos, como coração, cérebro e rins.

  • Não se estresse: a diminuição do estresse é um fator para diminuir a chance de um AVC.

TRATAMENTO

Igor Pagiola conta que os principais fatores de risco estão relacionados à má qualidade de vida, como sedentarismo, obesidade e sobrepeso, má alimentação, tabagismo e consumo de álcool. "A hipertensão arterial, o colesterol alto e o diabetes são fatores de risco importantes", diz o médico.

HZ perguntou aos profissionais como identificar se a pessoa está tendo um AVC e como proceder. O médico Paulo Nakano diz que os principais sinais da doença são o desvio da boca, a diminuição de força, a sensibilidade ou alteração de coordenação de um lado do corpo, a dor de cabeça intensa ou fora do habitual do paciente e a tontura intensa e contínua.

O tratamento se divide de acordo com o tipo de AVC e o tempo decorrido dos sintomas. "Para o tratamento do AVC isquêmico, nas primeiras quatro horas e meia de início dos sintomas, podemos indicar um procedimento chamado trombólise, onde administramos um medicamento na veia do paciente com o objetivo de desobstruir a artéria. Além deste medicamento, contamos também com um procedimento chamado trombectomia, na qual através do sistema mecânico, com a introdução de um cateter até a obstrução, conseguimos retirar este coágulo", diz Paulo Nakano. Em casos hemorrágicos, pode ser necessário fazer uma cirurgia. 

Os médicos ressaltam que, a partir do início dos sintomas, o tempo para tratá-lo é limitado. No hospital, a equipe médica avaliará as características e o tipo de AVC para decidir qual a melhor forma de tratamento. Ele pode ocorrer em qualquer faixa etária, inclusive em crianças. Porém, é mais comum a partir dos 50 anos e a incidência tende a dobrar a cada década a partir dessa idade.

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