Administrador / [email protected]
Publicado em 28 de maio de 2022 às 09:00
A tireoide é uma glândula que muita gente não dá atenção, mas é importante para a saúde. Ela regula das batidas do coração ao humor, passando pelo intestino, peso, memória e sexo. Ela tem a forma de borboleta e fica localizada na parte da frente do pescoço, logo abaixo da região conhecida como Pomo de Adão. A endocrinologista Sabrina França, do Centrocor, explica que a glândula é responsável pela produção dos hormônios tireoidianos, hormônios importantíssimos para garantir todo o funcionamento do nosso organismo, já que todas as células do nosso corpo tem receptores para esse hormônio.
Quando a tireoide não funciona de maneira correta, pode liberar hormônios em quantidade insuficiente e causar o hipotireoidismo. A pessoa fica muito cansada, ganha peso e tem perdas na memória. Quando os hormônios são liberados em excesso, ocorre o hipertireoidismo. O intestino fica solto, o coração dispara e ocorre perda de peso.
"Os sintomas da disfunção de tireoide são muito variados e, na maioria das vezes, inespecífico. Isto é, são sintomas que podem ocorrer em outras doenças ou outras situações. Por exemplo, no hipotireoidismo, cansaço, queda de cabelos, aumento colesterol, ganho de peso, são sintomas muito comuns. No entanto, existem muitas outras causas que podem não ser atribuídas", explica Sabrina França.
A endocrinologista Lorena Lima Amato conta que os hormônios produzidos pela tireoide são responsáveis pela função do coração, cérebro, fígado e rins e interfere no crescimento e desenvolvimento das crianças e adolescentes, na regulação dos ciclos menstruais, na fertilidade, no peso, na memória, na concentração, no humor e no controle emocional.
“A tireoide é importante por diversas funções vitais do nosso organismo. Por isso, deve-se fazer o check-up anualmente, quando são realizados exames clínicos e de sangue, eventualmente também sendo incluídas dosagens dos hormônios TSH e T4 livre. O médico avaliará se há indicação para ultrassonografia, exame esse que pode detectar nódulos”, diz.
A médica Sabrina França explica que o hipotireoidismo l, que é a falta do hormônio, é tratado por meio da reposição da levotiroxina (o próprio hormônio da tireoide) cuja dose varia de acordo com idade, peso, causa e evolução do hipotireoidismo.
"O tratamento do hipertireoidismo também vai variar de acordo com a causa. Se for um bócio difuso pode ser tratado com medicação (para inibir a produção do hormônio) ou iodo radioativo (para destruir uma parte da glândula que está funcionando em excesso). No caso de bócios nodulares ou multinodulares, o tratamento muitas vezes deve ser cirúrgico, pois muitos desses nódulos são autônomos, isto é, produzem hormônios de forma independente do controle pela hipófise (glândula)".
A médica ressalta que o importante, independente do problema que exige o tratamento, é fazer o seguimento regular com o endocrinologista, pois o problema é crônico e exige tratamento para o resto da vida na maioria das vezes.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta