6 danos causados pelo consumo excessivo do álcool

A substância que pode causar uma série de danos ao organismo, incluindo desde o ressecamento de diversas estruturas do corpo até doenças circulatórias e orais

mulher com taça de vinho

O álcool pode provocar doenças mentais, cânceres e problemas hepáticos como a cirrose. Crédito: Shutterstock

O Brasil figura entre os 10 países com o maior consumo de álcool do mundo, segundo dados do Ministério da Saúde. Por esse motivo, no dia 18 de fevereiro comemora-se o Dia Nacional de Combate ao Álcool, que tem como objetivo conscientizar a sociedade sobre os malefícios do consumo exagerado de bebida alcoólica.

“O álcool é uma substância tóxica para o organismo humano e pode provocar doenças mentais, cânceres, problemas hepáticos como a cirrose, alterações cardiovasculares, com risco de infarto e acidente vascular cerebral, e a diminuição de imunidade, além de favorecer a desidratação, a inflamação e o acúmulo de líquidos”, explica a médica nutróloga Marcella Garcez.

O recomendado é apostar na moderação e não tornar o ato esporádico de beber em um hábito rotineiro. “No geral, recomenda-se limitar o consumo diário a, no máximo, uma taça de até 150ml e optar sempre pelas variedades que apresentam funcionalidades, como o vinho tinto e seco. O vinho tinto, na verdade, figura entre as bebidas alcoólicas mais saudáveis, pois, é fermentado e rico em polifenóis, como o resveratrol, substâncias com grande poder antioxidante”, aconselha Marcella.

“Os destilados, por sua vez, não são fontes de polifenóis e possuem maior concentração de álcool em sua composição, o que reduz seus benefícios à saúde. Além disso, bebidas como cachaça, vodca, whisky e tequila tendem a ser absorvidas mais rapidamente e, no geral, são mais agressivas para o fígado. Ou seja, devem ser evitadas ou limitadas a quantidades menores que uma dose diária”, diz a nutróloga. 

Mas, se você ainda não está convencido sobre os perigos do álcool, reunimos seis motivos pelos quais você deve evitar o consumo de bebidas alcoólicas. Confira:

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    Redução do metabolismo:

    O fígado é o responsável por digerir as bebidas alcoólicas. Porém, esse mesmo órgão é o responsável pelo metabolismo de gordura. “O fígado trabalha diariamente quebrando as gorduras da sua alimentação e eliminando as toxinas. Quando você bebe álcool, acaba adicionando mais uma tarefa na função do órgão. Dessa forma, o fígado não consegue processar a gordura de maneira tão rápida e eficientemente, pois estará, também, trabalhando para expelir o álcool. Como consequência, ocorre a desaceleração do metabolismo, levando, inclusive, ao acúmulo de gordura”, explica Marcella Garcez. Logo, como o fígado já estará sobrecarregado na tentativa de metabolizar o álcool, o recomendado é que, após consumir bebidas alcoólicas, você evite alimentos pesados, como carnes vermelhas, dando preferência a carnes brancas cozidas e grelhadas, além de muita salada e fruta.

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    Desidratação da pele:

    A perda d’água causada pelo álcool afeta a saúde da pele. “A pele também é um dos tecidos periféricos de onde o organismo retira água para metabolizar o álcool. Como resultado, o tecido cutâneo pode sofrer com desidratação, descamação e perda de viço e brilho”, afirma a dermatologista Paola Pomerantzeff. Além de desidratar, o álcool também pode levar a um processo inflamatório da pele. Para manter a saúde da pele em dia, é interessante, além de ingerir bastante água e evitar o consumo de álcool, apostar na utilização de cremes hidratantes com antioxidantes para ajudar na recuperação do tecido cutâneo.

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    Diminuição das chances de gravidez:

    Mesmo o consumo moderado de álcool pode ter diversos efeitos maléficos no organismo, incluindo prejuízos à fertilidade. Segundo o ginecologista obstetra Fernando Prado, da Neo Vita, um estudo do ano passado mostrou que as mulheres que desejam engravidar devem evitar o consumo excessivo de álcool. “Na segunda metade do ciclo menstrual, o álcool está relacionado a chances reduzidas de gravidez, mesmo o consumo moderado”, explica o especialista. Segundo o médico, a ingestão de álcool afeta os processos envolvidos na ovulação, de modo que nenhum óvulo é liberado durante a parte ovulatória do ciclo, e que o álcool pode afetar a capacidade de um óvulo fertilizado se implantar no útero.

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    Danos articulares:

    O álcool também é um fator de risco para dores articulares. "O álcool pode causar o aumento do Ácido Úrico no sangue, condição chamada de hiperuricemia, que leva a inflamação das articulações e, quando não tratada, pode ocasionar lesões da cartilagem articular, que evoluem para a artrose", explica o ortopedista Marcos Cortelazo.

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    Problemas circulatórios:

    Por favorecer a desidratação, o álcool, além de aumentar a incidência de câimbras e dores musculares, também pode fazer com que o organismo retenha mais líquidos. “Como resultado, ficamos mais inchados e a pressão sobre as veias e artérias aumenta, o que pode contribuir para o surgimento de problemas vasculares como varizes e trombose”, destaca a cirurgiã vascular Aline Lamaita.

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    Surgimento de doenças orais:

    Outra estrutura afetada pela perda de água causada pelo álcool é a boca e os dentes. “O processo de desidratação causado pelo álcool provoca a diminuição na produção de saliva. Como resultado, ficamos mais suscetíveis ao desenvolvimento de doenças como cáries, gengivites e erosão dental, visto que uma das principais funções da saliva é justamente proteger os dentes e as mucosas orais”, diz o cirurgião-dentista Hugo Lewgoy.

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