O treino de baixa intensidade pode atrapalhar o ganho de massa muscular. Crédito: Shutterstock
Está querendo ganhar massa muscular? A alimentação adequada é uma grande aliada no processo. Alguns alimentos, como peito de frango, mandioca e vegetais favorecem a recuperação e o ganho de músculos. Treinar constantemente também ajuda.
Porém, alguns erros podem prejudicar o objetivo, como não se hidratar adequadamente, exagerar no consumo de bebidas alcoólicas e ter medo de consumir carboidratos. A nutricionista Catiene Chieppe conta que um dos principais erros é não comer o suficiente.
"Esse é um grande erro que atrapalha o ganho de massa muscular. Também é comum ocorrer casos em que a pessoa treina na quantidade certa e faz a suplementação corretamente, mas não ingere a quantidade de calorias suficientes na alimentação. Para que o anabolismo aconteça, o consumo de alimentos não pode ser inferior ao seu gasto energético. Devemos ingerir calorias de qualidade e na quantidade correta".
O nutricionista Fabrício Loureiro diz que comer alimentos de má qualidade também é um erro. "No processo de hipertrofia, é primordial comer alimentos calóricos, mas de boa qualidade. O excesso de alimentos açucarados, frituras e industrializados podem trazer resistência a insulina e aumento do colesterol, por exemplo, aumentando as chances de ganhar tecido adiposo. O ideal é priorizar alimentos in natura como verduras, legumes, frutas, carnes e ovos".
Ter medo de consumir carboidratos é um dos erros. Comer mandioca é um das dicas. Crédito: Shutterstock
6 erros que podem atrapalhar o ganho de massa muscular
- Concentrar as proteínas em apenas uma refeição: a concentração de proteínas apenas em uma refeição pode não ser adequado. Para favorecer o ganho saudável, é fundamental a distribuição e equilíbrio do consumo de proteínas ao longo das refeições. Para saber quais são os alimentos mais adequados, o recomendado é um acompanhamento nutricional personalizado.
- Não se hidratar adequadamente: os músculos são formados em grande parte por água. Por isso, ela é fundamental e necessária ao longo do dia, além de merecer atenção especial durante e após a execução de exercícios físicos, já que nessas circunstâncias normalmente ocorre sudorese intensa e, com ela, a perda de água e também de minerais.
- Cortar os carboidratos da alimentação e exagerar na proteína: tanto as proteínas quanto os carboidratos são importantes para o ganho de massa muscular. Os carboidratos são a fonte primária na geração de energia durante os treinos e seu consumo garante que as proteínas sejam poupadas nesse processo para poderem atuar na construção de músculos. Já as proteínas agem no processo de hipertrofia muscular. Se o consumo de carboidratos for abaixo do necessário, elas serão usadas como fonte primária de energia e não para a construção muscular.
- Excesso no consumo de bebida alcoólica: o álcool afeta negativamente a síntese de proteína, reduz os níveis de testosterona livre no organismo, causa desidratação e também a perda de algumas vitaminas e minerais que seriam importantes para o anabolismo muscular. O ideal é diminuir o máximo possível o consumo de bebida alcoólica em quantidade e em frequência.
- Medo de consumir carboidratos: reduzir esse macronutriente pode atrapalhar o desempenho na atividade física. O glicogênio, proveniente da glicose, é uma fonte energética para o treino, sendo necessário consumir em quantidade adequada no processo de hipertrofia. O importante é sempre priorizar a qualidade do carboidrato ingerido. Prefira, por exemplo o arroz, a mandioca, a batata-doce, a banana, o mel, as frutas secas, o macarrão, a tapioca, dentre outros.
- Treino de baixa intensidade: treinar mal e com pouca intensidade pode não gerar os efeitos esperados. Um treino para hipertrofia deve gerar microlesões musculares, gerando a necessidade de construir fibras musculares maiores e resistentes, dando início ao processo de hipertrofia. Dar o estímulo correto no treinamento de força é indispensável para o objetivo de hipertrofia. A ajuda de um educador físico otimiza e acelera esse processo.
GANHO DE MASSA MUSCULAR
A nutricionista Catiene Chieppe fala sobre a dieta para o ganho de massa muscular. "Ela tem algumas características, como o consumo de mais calorias do que se gasta, quantidades adequadas de proteínas e carboidratos ingeridos por refeição no dia e hidratação. Além disso, também é importante ter uma rotina de treinos, com exercícios de força para estimular a hipertrofia".
Investir nos alimentos naturais com efeito anabólico também ajudam no ganho de massa muscular. Eles são, na verdade, aqueles com capacidade de contribuir para a construção de tecidos musculares sem a intervenção de produtos químicos e interferências industriais. "E por outro lado, quando não nos alimentamos de forma adequada, a comida pode ter também o efeito catabólico, ou seja, degrada a massa muscular. Uma alimentação baseada em comida de verdade será muito mais eficaz neste processo", diz a nutricionista.
"Alimentos como ovos, aveia, batata-doce, frutas, azeite de oliva, são opções saudáveis que precisam estar inseridas na rotina para a construção de tecidos musculares de forma natural e aumento de massa magra. Quando aliamos a prática de exercícios físicos a uma alimentação balanceada, rica em nutrientes, o nosso corpo responde com a progressão muscular e redução no percentual de gordura"
Catiene Chieppe
O nutricionista Fabrício Loureiro conta que o que determinará o ganho de massa muscular é o equilíbrio entre as calorias ingeridas, a qualidade dos alimentos e o fracionamento dos macronutrientes como proteínas, carboidratos e gorduras. “Alguns alimentos auxiliam esse processo pelo elevado valor calórico e energético, como o arroz, a batata-doce, o macarrão, a tapioca, a mandioca, a banana, o abacate, a pasta de amendoim, o mel e alimentos construtores como as proteínas como o frango e os ovos".
Em dietas para hipertrofia, é errado pular refeições. “É importante lembrar que uma dieta para promover o ganho de massa muscular deve ser hipercalórica, então reduzir o número de refeições fará automaticamente a diminuição calórica diária do plano alimentar. Reduzindo e desacelerando o processo de hipertrofia”, conta o nutricionista.
"Além de uma dieta hipercalórica, é importante o estímulo de um exercício físico resistido como a musculação, o funcional, o crossfit, dentre outros. Também é importante melhorar a hidratação, regular o sono e estar com as taxas hormonais ajustadas"
Fabrício Loureiro
Também é importante uma boa noite de sono nesse processo. "O sono auxilia na reparação tecidual, principalmente do sistema neuroimunoendócrino, regulando hormônios importantes para o processo de hipertrofia, como testosterona, GH e hormônios tireoidianos. Além disso, a privação de sono tem um impacto negativo na performance nos treinos", finaliza Fabrício Loureiro.
Este vídeo pode te interessar
Se você notou alguma informação incorreta em nosso conteúdo, clique no botão e nos avise, para que possamos corrigi-la o mais rápido o possível